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A revolução do consumidor



Autor: Eduardo Marques

 

O século XXI chegou e trouxe com ele uma mudança radical no modo como fazemos negócios, nos relacionamos em grupo e divulgamos ideias e produtos. Modelos de negócios que até o final do século passado funcionavam bem, estão sendo colocados em xeque pelos consumidores que não mais querem ser vistos como números. Afinal, o que vem ocorrendo que velhas fórmulas não funcionam mais como antigamente?

 

A simples democratização do conhecimento. Por séculos, os grandes centros urbanos foram os responsáveis por reunir os pilares: conhecimento e mentes afins, para a produção da maioria dos avanços artísticos, filosóficos e tecnológicos que a nossa sociedade já produziu. Hoje, a Internet consegue juntar de forma magistral a geração e armazenagem de conhecimento com a reunião virtual de pessoas ao redor do mundo.

 

Neste novo contexto, a figura do consumidor passivo do século XX dá lugar ao cidadão do terceiro milênio, que cada vez mais móvel e conectado, obtêm em um clique informações do que desejar. Assim, nesse novo mundo, velhos modelos de negócios tais como algumas profissões,  terão que ser revistas ou simplesmente desaparecerão.

 

Ao diminuir vertiginosamente a distância entre os “especialistas” e o público, a internet propiciou ao último a vantagem da informação que antes era exclusiva do primeiro. Com essa vantagem, as figuras do vendedor e da publicidade barata simplesmente perdem a força.

 

Este novo cidadão descobriu que, se quiser, tem o poder de aumentar ou destruir a reputação de uma marca com extrema facilidade.  De posse dessa noção, mais do que nunca ele impõe às empresas de todos os segmentos, que elas sejam moralmente corretas e exercitem sua responsabilidade socioambiental. Empresas pioneiras, como a Coca-Cola e a brasileira Natura, já entenderam a mensagem e estão se reinventando.

 

No livro Freakonomics (2005), de Steven Levitt, o autor menciona que o moralismo representa a forma como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse, enquanto a economia representa a forma de como ele realmente funciona. Se isso é verdade, hoje temos a possibilidade real – dentro do aspecto econômico atual – de moldarmos o mundo tendo como base valores sociais.

 

É o renascimento da “mão invisível”, de Adam Smith, que orienta o mercado através da interação dos indivíduos. Com a diminuição da assimetria das informações – o fato de alguns saberem mais do que os outros – a idéia cunhada no célebre A Riqueza das Nações (1778) ganha mais força do que nunca.

 

Enfim, Gutenberg com a criação da imprensa em 1439 lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e na disseminação da aprendizagem em massa. O que nos trouxe ao que somos hoje. Daqui para frente a questão é: como você está colaborando para construir a nossa economia de amanhã?

 

Fica aqui o desafio.

 

Eduardo Marques é gestor de projetos web da dBrain. ([email protected])

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