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A solução para grande oferta

O mercado saturado como temos hoje é um grande desafio, seja para as empresas, seja para os clientes. Esse é um problema que acontece, por exemplo, no mercado de cachaças, na qual há cinco mil marcas registradas no País, porém há pouco conhecimento sobre grande parte delas, o que, obviamente, dificulta o momento da escolha do consumidor. “Em uma loja virtual, pode-se colocar várias cachaças à venda, porém, o apreciador pode se sentir ‘perdido’, sem nenhum tipo de ajuda na hora da escolha”, comenta Roque Wolf, sócio-investidor do Quintal da Cachaça, que nada mais é do que um clube de assinatura voltada ao assunto. “O clube leva a cachaça aos associados, mas, principalmente, oferece uma curadoria, importante quando você tem muita oferta, mas pouca informação.”
Esse fato do levar mais informação é, justamente, um dos diferenciais desse novo modelo de negócio que cresce no País. Independente do que seja, o clube geralmente entrega algum dado a mais sobre os produtos vendidos aos assinantes. No caso da empresa de Wolf, a ajuda vem por meio da curadoria de um especialista, bem como na visita aos alambiques e regiões produtoras, para conhecer aqueles que produzem algo de qualidade, mas não têm divulgação e não são conhecidos pelos consumidores. Dessa maneira, essa ponte entre marcas e clientes não deixa de ser um canal de marketing efetivo, pois empresas podem ter a oportunidade de apresentar seus serviços às pessoas, fato que não seria possível, talvez, sem os clubes – como ocorre com tais produtores de cachaça. “Ou seja, a marca fornece aquele produto para os associados, que é o público-potencial, e consegue atingir de forma rápida, por meio de uma ‘recomendação’ do clube”, comenta o executivo.
Dessa maneira, ambos os lados saem ganhando. De um lado, as empresas participantes gastem menos com publicidade e podem avaliar como são recebidas pelo público interessado. Enquanto, do outro, o cliente se sente atraído pela exclusividade recebida, a chance de receber novidades entregues em casa e maior oportunidade de conhecer novos produtos. Sem contar que, além de fazer com que a pessoa permaneça como assinante, por conta dos privilégios, ela também pode passar a consumir esse item, caso se interesse por ele. “Hoje as pessoas querem ter informações sobre um produto e viver uma experiência a partir dele, não apenas fazer uma aquisição. Com certeza existe a cautela na hora de uma compra e o clube serve também para apresentar novas marcas e itens para quem participa dele”, declara Wolf.
Ele conta ainda que, ao contrário do que se imagina, os clubes de assinatura não são uma coisa totalmente nova no País. O serviço já acontecia antes da Internet, com clubes de livros, em que a comunicação era feita por meio de cartas. “O que mudou no cenário atual é o acesso”, afirma. “A população brasileira ativa na internet é uma das maiores do mundo, e não para de crescer. Isso permite que tenham mais acesso sobre coisas que gostam. Consequentemente, surgem novos produtos e serviços para atender essas necessidades.” O que faz com que esse modelo somente tenha a crescer e, não por menos, seu tamanho já dobrou de 2014 para 2015, com estimativa de faturar R$ 1 bilhão. “E mesmo com todo esse tamanho, o mercado brasileiro ainda não alcançou todo o seu potencial. Os Estados Unidos, por exemplo, estão faturando cerca de US$ 10 bilhões anualmente”, adiciona o executivo.

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