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A sucessão familiar e os seus desafios

Por: Ricardo Piza
Assumir a gestão da empresa de minha família e colocá-la em harmonia com os novos tempos têm sido o grande desafio de minha carreira. O sucesso atingido após uma década à frente dos nossos negócios trouxe a sensação de que a inovação, a constante preparação e a adequação são as molas propulsoras da atividade empresarial bem sucedida e com melhores chances de futuro.
Ao final dos anos 90, já percebíamos um universo com mudanças cada vez mais sensíveis e urgentes, convivendo, ao mesmo tempo, com um engessamento burocrático totalmente descompassado com as exigências de adaptação trazidas pela globalização. 
A competitividade necessária para que as empresas brasileiras se acoplassem a esta nova realidade não se coadunava, e esse quadro é mais drástico a cada ano, com as políticas jurídicas de nosso país, principalmente quando falamos das realidades trabalhistas, tributárias e na relação entre acionistas e gestores com a propriedade. Era preciso atentar o empresariado que as antigas práticas de postergação de lides no judiciário, o “caixa dois”, a “compra de facilidades” e a aquisição desenfreada de bens não seriam mais suficientes à sua sobrevivência, quiçá ao seu desenvolvimento. Muitas destas práticas foram inclusive criminalizadas em nossa jurisdição. 
Era preciso inserir serviços voltados à prevenção e proteção do patrimônio, a prática de inteligência operacional, motivacional, o ajuste tributário, a valorização de ativos e a geração de caixa. Foi quando passamos a buscar entender toda complexidade que envolve as atividades econômicas empresariais e montar nosso empreendimento e forma de executá-lo. E aí que entendemos que os problemas deveriam ser tratados através de uma ótica que visasse soluções, e não a velha premissa de que um escritório de advocacia empresarialista servia apenas para postergar lides no judiciário ou servir de entreposto para subornos em troca de “favores”. Hoje, tudo muda muito rápido, os valores são diferentes, os desafios são também distintos.
Foi por este caminho, baseando-nos no que vivenciamos que passamos a assessorar nossos clientes a desenvolver seus projetos. Assim, através de tudo que tivemos (e ainda temos) que compreender e superar, é que temos trilhado a nossa proposta como prestadores de serviços e fomentadores de soluções e desenvolvimento para empresas que enfrentam os mesmos desafios que nós enfrentamos. 
Nossa experiência nos levou a estabelecer um modelo flexível às necessidades empresariais. Montamos um sistema de atuação solidificado em diversas companhias que, em seus escopos independentes, se integram à medida certa e adequada para dar ao empresário o suporte necessário aos seus negócios. 
Atuando para empresas de todas as partes do globo, entendemos que a vigilância do patrimônio, através de seu dimensionamento, proteção, expansão e evolução são essencialidades no modelo econômico atual. Chamamos nossa forma de trabalho de capital surveillance. Nossas empresas, embora com objetos independentes, possuem propositalmente sinergias complementadoras. O objetivo central é promover uma estrutura dedicada a fomentar consultoria e assessoria em pontos fulcrais da atividade econômica moderna. Isso se estabelece desde a assessoria imobiliária, com a gestão patrimonial e a compra e venda de ativos, até a preparação para fusões e aquisições, com todos os serviços inerentes ao seu processo comercial.
Nossa vivência efetiva mostrou, e ainda mostra, que a inteligência e a busca incansável por aplicar nossos esforços em serviços que trouxessem soluções lícitas, competentes e agregadoras trazem muito mais benefício, sobretudo na matriz econômica, do que as velhas práticas habituais que, infelizmente, são o encontro entre a dificuldade das políticas de estado brasileiras com a clássica máxima do “jeitinho brasileiro”. Nasceram, assim, as cinco empresas que compõem nosso Grupo, que eu tenho a honra de liderar através de nossa holding.
Nossas soluções são voltadas ao planejamento das sucessões, da proteção e exploração adequada do patrimônio, a efetivação de economia fiscal e tributária, a valorização dos conjuntos de ativos empresariais, a realização de uma política contábil inteligente e de um sistema de gestão com práticas de excelência corporativa, sem deixar de ser financeiramente eficaz.
Ricardo Piza é Presidente do Lions Clube SP Indianópolis, Membro da Comissão de Relações Institucionais da OAB/SP e CEO da RPHolding- controladora das empresas do Grupo Piza.

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