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Abram alas para as startups

Frequentemente é discutido como o mundo vêm se transformando por conta da maior conectividade das pessoas e o constante surgimento de novas tecnologias, que permitem uma vida mais rápida, prática, global e instantânea. Os comportamentos e hábitos de consumo são afetados. A maneira como as empresas também se relacionam entre si e com os seus clientes já não é mais a mesma de antes. Junta-se à isso, uma grande quantidade de informação disponível de maneira fácil e um mundo aberto à inovação, e temos um ambiente fértil de oportunidades para empreendedores que anseiam pela vontade de criar um negócio. Dessa forma, iniciou-se um processo de criação de empresas pequenas e mais simples, cujas principais características são: serem baseada no meio tecnológico, com uma estrutura leve, rápida e que permita uma grande capacidade de adaptação. Chamadas de startups, elas vêm revolucionando o mercado e, talvez, ditando regra de como ele passará a se comportar nos próximos anos. “Assim como as novas tecnologias, os preceitos e características que envolvem uma startup são os mesmos: versatilidade, rapidez, comodidade, etc. Conceituamos startup como uma empresa com um modelo de negócios repetível e escalável, que possui elementos de inovação e trabalha em condições de extrema incerteza. Portanto a tecnologia está intrinsecamente ligada à elas”, explica Guilherme Junqueira, gestor de projetos da Associação Brasileira de Startups, a ABStartup.
Por terem maior disponibilidade de ferramentas mais baratas e uma vasta quantidade de dados que a Internet traz, os empreendedores de startups têm uma capacidade de olhar no mercado e na sociedade a existência de problemas de muitos anos e, a partir de então, perceberem qual produto ou serviço é necessário para a sua solução. Na verdade, o papel de se tornar um auxiliador foi a brecha encontrada para que oportunidades surgissem e com isso novas companhias fossem criadas. “A principal oportunidade surge quando o problema real existe e as startups começam para sanar o problema”, diz Junqueira. Como conta Guilherme Bonifácio, CEO da Rappido, startup que tem como objetivo fazer com que o cliente, por meio de um aplicativo e de um serviço de geolocalização, encontre o motoboy mais perto, há também aquelas empresas que surgiram de uma ruptura, uma chance possível, ainda que rara, como foi o caso dele. “A necessidade sempre existiu, mas fazer diferente é o que faz a diferença, porque, ao final, você elimina a ineficiência, reduz custo e torna esse processo mais inteligente, funciona melhor. Não basta só ter uma boa ideia, porque, muitas vezes, pode ter algo que não seja 100% original e pensar em melhorar um tipo de processo ou produto, o que já é inovador e já traz algum valor. Mas, é importante que, de fato, desde o começo a empresa tenha noção do problema que deseja resolver e se as competências são suficientes em relação à concorrência.”
Por conta desse comportamento de procurar desenvolver uma solução e ter um perfil moldável às necessidades, as startups são um tipo de companhia flexível quanto ao tipo de cliente, podendo servir tanto para o modelo B2C quanto o B2B. Aliás, as próprias empresas tradicionais, por conta de suas estruturas de negócio, são grandes influenciadoras para a criação desse perfil de companhia. “Muitas vezes ser o líder significa perder flexibilidade e, com isso, abrir espaços para entrantes ágeis, as startups”, conta Cassio Spina, fundador do Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos, que procura fomentar o crescimento no País de investimentos-anjo, que são pessoas que ajudam a financiar empresas nascentes com alto potencial de crescimento, ou seja, as startups. O resultado dessa rigidez? “As grandes empresas começam a buscar formas para utilizar a agilidade das startups para inovarem seu próprio negócio, criando projetos que correm em paralelo a sua inovação fechada”, acrescenta ele. Sem contar, que essas organizações já perceberam que o risco de não se inovarem é a perda de mercado e de sua existência.
CUIDADO, HÁ PEDRAS NO CAMINHO!
Ainda que elas pareçam representar o futuro e a forma como as companhias serão, as startups possuem muitos desafios para lidar, principalmente, neste momento em que são muito jovens e muito de seus empreendedores não possuem conhecimento suficiente para sobreviverem ao mercado. “A criação de um negócio é apenas a ponta do iceberg, pois, após essa fase, é necessário muita dedicação, visão, saber trabalhar em equipe, trabalhar no acesso a mercado. São várias características que precisam estar alinhadas, senão o negócio não passa de uma ideia, um site ou um aplicativo, não gerando receita”, alerta Wagner Marcelo Miranda Machado, coordenador do grupo de startups na PUC-SP e sócio diretor da Intellecta. Principalmente, aqui no Brasil onde, segundo ele, poucas oportunidades geradas. “Vemos muita euforia no ecossistema e pouco resultado, temos somente alguns poucos cases de sucesso que dá pra se contar nas mãos. Falta projeto maduro, com uma visão 360 de negócios.”
E, apesar da união entre esses novos negócios e as empresas mais tradicionais ser algo positivo para a dinâmica de mercado, é preciso ficar atento, uma vez que os casos de plágio são frequentes. “Ao invés de adquirirem as startups, companhias tentam copiar os projetos desenvolvidos, por falta de uma cultura de fusão e aquisição entre os negócios no País. Isso ainda é considerado coisa para grandes, dizem os desavisados”, anuncia. Assim, conhecimento e preparo são um dos pilares para o sucesso. Junqueira, da ABStartup cita outro passos essenciais: 

1. Minha ideia não vale nada. Parta sempre do pressuposto que sua ideia não é tão boa assim e ninguém pagará para vê-la funcionando. O negócio é deixar que outras pessoas te provem que sua ideia é genial (de preferência seu primeiro cliente). Porém, elas só conseguirão fazer isso se verem o core da ideia rodando. 
 
2. Não tenha medo de robarem sua “super” ideia. Fazendo isso, você não criará tanta expectativa sobre a sua ideia, muito menos terá aquele “medinho” de roubarem sua ideia que vai dominar o mundo. Se já é difícil para você (que é do dono da ideia) executar essa ideia e transforma-la em um  negócio, imagina como será difícil para o “ladrão de ideias” fazer também. 
 
3. Comece a fazer. Pare de ficar cultivando sua ideia somente no papel e mostre que você é o melhor executor dessa ideia. Se já tiver um nome para sua ideia, registre o domínio pra ontem! Já é um começo.
 
4. Valide sua ideia. Agora que você já aprendeu que ideia todo mundo tem e que o melhor mesmo é executar e ter um negócio, coloque sua ideia lá nowww.PitchBox.com.br e obtenha feedback de pessoas diferentes dos seus amigos roqueiros, seu primo gordinho e da sua mãe! Agora faça uma pesquisa, utilizando o Google Form, Wuffo ou Survey Monkey com os prováveis usuários e com as pessoas/empresas que irão pagar para terem um problema resolvido pela sua startup.
 
5. Não seja tendencioso. As respostas desfavoráveis as suas pesquisas não significam que você deva abandonar o projeto, podendo apenas mudar o seu modelo de negócios, saindo do plano “A” para o plano certo. Faça perguntas abertas e sem entregar o ouro de cara, tipo: “Você compraria meu app?” NÃO!!! 
 
6. Comportamento passado é o que importa. O correto é descobrir como as pessoas se comportam em relação a esse tema, exemplo: Se o seu app é para as pessoas lançarem o que comem e os exercicios que fazem, pergunte para seus público-alvo (gordinhos) assim: 1. “Você já teve problemas para emagrecer?” – 2. “Como você lidou com esses problemas” – 3. “Qual seria a solução ideal para resolver esse problema?”
 
7. Rabisque sua ideia. Chegou a hora de dar cara pro seu negócio. Pode desenhar seu site/app em uma folha de caderno até chegar em um modelo consistente! Existem diversos sistemas para montar mockups de produtos web ou apps, como o Balsamiq ou MockingBird. Nem pense em fazer um protótipo muito profissional, ou lindão nesse momento. 
 
8. Menos é Mais. “Se você não tem vergonha da primeira versão do seu site, é porque você demorou muito pra lançar”, já dizia o fundador do Linkedin. Ou seja, é melhor ter algo feito do que não ter nada.
 
9. Landing Page. Use plataformas web para criar uma landing page (página focada em mostrar o que você faz e colher interessados em usar/comprar). Use o LaunchRock ou Unbonce, que são gratuitas por um certo tempo e muito fácil de configurar.
 
10. Show me the money! Não há validação maior do que ter alguém pagando para usar seu produto. Por isso, esqueça o dinheiro do investidor e gaste tudo que você tem fazendo “bootstrapping” (começar a empreender com o dinheiro dos seus próprios clientes).

E para você, qual a importância das startups para o mercado? Participe da nossa enquete!

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