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Análise geográfica nos negócios



Autor: Eduardo Freitas

 

As questões mais cruciais dos empreendedores quando planejam iniciar ou expandir um negócio são: abro ou não uma loja neste local? Devo reformar meu estabelecimento para adaptar-se ao crescimento da cidade? Mudo o perfil do meu ponto de venda em função da vizinhança? As perguntas são muito simples, assim como as respostas – sim ou não -, porém os meios para chegar ao resultado correto devem passar por uma análise geográfica da região em estudo.

 

E é justamente aí que entra o geomarketing, uma ferramenta que permite agrupar os dados socioeconômicos de uma área e as informações comportamentais dos clientes, disponibilizando tudo isso na forma de mapas, permitindo uma análise visual do problema e embasando a tomada de decisão.

 

Estas “respostas geográficas” fazem toda a diferença para o sucesso de um empreendimento, já que, independentemente do segmento de atuação ou do porte, estima-se que mais de 3/4 das tomadas de decisões em uma empresa levem em conta a palavra “onde”, ou seja, são baseadas em informação geoespacial para a definição de novas áreas de atuação e otimização de esforços de vendas.

 

Toda essa gama de informações socioeconômicas, comportamentais e estatísticas, que sempre embasaram os estudos de mercado e as estratégias de marketing, apresentam novas possibilidades e podem trazer melhores respostas ao serem georreferenciadas.

 

No Brasil, a inteligência geográfica já vem sendo usada em aplicações de expansão de negócios, gestão de redes, definição de mix de produtos, otimização de rotas de distribuição, marketing direto, mídia externa, enriquecimento cadastral e incorporação imobiliária, entre outras.

 

SIG/GIS

Quem faz a “mágica” de integrar todos esses dados e apresentá-los de forma coerente e organizada na tela do computador, em um mapa digital que pode ser analisado por qualquer tomador de decisão, são os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) ou, no termo em inglês, Geographic Information System (GIS).

 

Existem várias definições para SIG, dependendo do enfoque. De acordo com a Wikipedia, SIG é definido como um sistema de hardware, software, informações e procedimentos computacionais que permite a análise, gestão ou representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem.

 

Ou seja, o SIG é a ferramenta que, usando as tabelas e o mapa em formato digital, mistura tudo e possibilita realizar as mais diversas análises. Bem diferente dos mapas cheios de alfinetes do passado, o produto final desse estudo é uma representação fiel da região, com manchas ou pontos que indicam com muita precisão os melhores locais para se iniciar um negócio, ampliar uma rede ou concentrar esforços de vendas.

 

Novidades e tendências

Nste ano será de grande expectativa para todos os profissionais e empresas envolvidos com marketing geográfico, já que o IBGE anunciou o uso de novas tecnologias para o Censo 2010, incluindo a utilização de GPS pelos recenseadores. Isso vai gerar novos dados espaciais e demográficos que prometem revolucionar o geomarketing.

 

Além disso, algumas novas metodologias devem impulsionar esse segmento. Dentre elas destacam-se: o marketing direto em dispositivos móveis, como celulares e PDAs; as aplicações da web 2.0, que levam em conta a velocidade da internet e as redes sociais; a utilização de novos modelos estatísticos, que permitem ir além dos dados brutos; o uso de macroindicadores, com informações sobre geopolítica e indicadores globais; a popularização da geoestatística; entre outras.

 

Hoje, as empresas que mais utilizam aplicações de geomarketing no Brasil estão nos setores de franquias, varejo, telecomunicação, bancos, financeiras, operadoras de cartões de crédito, seguradoras, construtoras, imobiliárias, indústria de bens de consumo, instituições de ensino e religiosas, entre outros.

 

Todas essas empresas, dos mais variados setores e tamanhos, utilizam cada vez mais a geotecnologia para identificar oportunidades de negócios e descobrem que um mapa pode ser a principal ferramenta na hora de definir estratégias e tomar decisões.

 

Eduardo Freitas é técnico em edificações, engenheiro cartógrafo, mestrando em SIG.

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