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Bancos de olho em SCM



Autor: Carlos Rosolem

 

Um setor que começa a olhar com mais atenção para o planejamento logístico e implementações de soluções de gestão com foco em supply chain é o bancário. Até pouco tempo, esse era um segmento que parecia estar em constante busca de melhorias substanciais no controle da cadeia de suprimentos, ao sofrer com transportes sufocados pela demanda e ações emergenciais para abastecimento de agências e caixas eletrônicos. Porém, finalmente, a necessidade de revisão desses processos não consegue mais ficar à sombra de outras aparentes prioridades. E por um simples fato: altos custos com perda de eficiência.


A cada pequeno erro no planejamento da quantidade de dinheiro em espécie (numerário) para abastecimento, necessidades de transportes especiais para suprir sazonalidade ou recolhimento de moeda em excesso alocado em posto avançado, abre-se ainda mais a ducha de desperdício de recursos e diminuição nos lucros. Um calcanhar de Aquiles que tem como remédio doses de tecnologia, aplicações de modelagem de negócios e implantações de sistemas.


Ao colocar na mesma sintonia toda a malha de agências e caixas eletrônicos a serem abastecidos, as demandas regionais em determinadas épocas e a capacidade de abastecimento e recolhimento, as instituições financeiras começam a racionalizar o vaivém deste dinheiro vivo. Ou seja, diminuem automaticamente, em milhões, os custos com custódia, numerários, abastecimentos especial e recolhimentos que poderiam ser evitados. Na ponta do lápis, é possível economizar cerca de 10% do faturamento. Para quem vê os resultados apresentados pelos bancos, ano a ano, meia palavra basta.


Assim como as indústrias enxergam sua cadeia de produção, desde o recebimento da matéria-prima, fase de manufatura e entrega ao consumidor, os responsáveis pela TI dos bancos sabem que pouco muda de um setor ao outro. Mais que isso, o retorno neste setor é muito mais rápido. O investimento em tecnologia e implementação em SCM, geralmente, não leva mais que um ano para ser registrado de volta aos cofres das instituições em consequência da economia alcançada.


Para o consumidor final, no caso o correntista, fica a imagem da qualidade nos serviços. Ao se planejar exatamente as regiões que devem ser abastecidas por época e movimentação, a possibilidade de falta de dinheiro em caixas eletrônicos diminui consideravelmente. Não deve ser difícil encontrar alguém com uma história de aventura na busca por um caixa eletrônico pronto para saque em uma cidade litorânea, em plena temporada de verão. Este é o marketing boca a boca que faz mal a qualquer companhia.


Grandes instituições já experimentam de tais benefícios. E não há o que hesitar ao dizer que não sentem a mínima vontade de voltar aos tempos em que somente a intuição era ferramenta de planejamento. E convenhamos que usar somente da intuição, neste setor, é um risco alto demais para correr.


Carlos Rosolem é sócio-diretor da Quendian.

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