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Brasil, o país do recall

Autor: João Carlos de Oliveira
O Brasil bateu o recorde do número de recalls em 2013. No ano passado, segundo a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, foram 109 campanhas para produtos que apresentaram algum tipo de defeito, um crescimento de 62% em relação ao ano anterior. De 2003, quando os números passaram a ser registrados, a 2013, o volume de recalls aumentou mais de 200%, e também aumentou a quantidade de setores envolvidos. Esses números não querem dizer que a qualidade dos produtos envolvidos caiu. Pelo contrário, indicam que a indústria brasileira cresceu consideravelmente e sempre esteve atenta à qualidade do que produz e ao respeito aos direitos do consumidor.
O cenário também reforça o fato de as empresas terem amadurecido o relacionamento com seu público consumidor, cada vez mais exigente. Como resultado, todos os envolvidos com a cadeia de abastecimento evoluíram nos processos de automação e no tratamento das informações. Para dar conta de uma situação delicada, em que é preciso retirar do mercado produtos ou serviços que representem quaisquer riscos à saúde ou segurança dos clientes, é preciso estar preparado. Quanto mais rápida e eficaz for a ação, melhor é percebida pelo público, e com efeitos positivos.
Notícias sobre recall se tornaram comuns nos últimos tempos – como as que envolveram fabricantes de achocolatado, suco em caixa, ketchup e medicamento – e exigiram uma ação imediata de fabricantes e varejo. Para que as medidas sejam certeiras, é fundamental ter ferramentas que possibilitem identificar onde ocorreu a contaminação química, biológica ou perda de qualidade durante o processo, e retirar logo o produto de circulação.
A rastreabilidade é essencial para ajudar a resolver o problema. A identificação do item por meio do código de barras é a base do processo, pois agrega informações adicionais como o número do lote, a data de validade ou o peso. Por meio dessa tecnologia, é possível saber todo o percurso que o produto faz até chegar ao destino final, já que permite conhecer a precisa identificação de cada item, sua proveniência e localização.
Com essas indicações, caso surja algum problema, é possível encontrar todo o lote irregular e, se necessário, retirá-lo do mercado em tempo real, além de averiguar a responsabilidade dos envolvidos no processo. O importante é estar preparado para enfrentar e resolver eventualidades. Afinal, a preocupação com a segurança e com a saúde dos pacientes e consumidores se torna cada vez mais presente em todo o mundo.
João Carlos de Oliveira é presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

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