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Brasileiros reduzem apoio à globalização


Estudo da Market Analysis, instituto de pesquisa de mercado e opinião pública, revela que o entusiasmo dos brasileiros com a globalização declinou 20% nos últimos dois anos e atingiu o menor nível na década. Embora uma maioria (52%) veja favoravelmente os efeitos pessoais deste processo, a distância entre quem enxerga positiva e negativamente este fenômeno ficou mais estreita do que nunca – apenas 16% de vantagem a favor – no sentido do fenômeno de liberalismo econômico, boom do intercâmbio comercial e americanização cultural.

Uma das razões do declínio é que os brasileiros vêem a globalização reduzida apenas a questões da economia, esquecendo outras áreas. Para oito em cada 10 brasileiros, por exemplo, a globalização focaliza demais a agenda econômica, como aumentar o comércio e o investimento e de menos na agenda sócio-ambiental – proteção do meio ambiente e os direitos humanos. Essa proporção é quase idêntica à média mundial dos outros 19 países pesquisados em parceria com o instituto canadense GlobeScan.

O estudo mostra que essa reivindicação por um conteúdo mais social e ambiental se intensificou entre os brasileiros nos últimos anos. De fato, excluindo a Nigéria, em nenhum outro país houve um aumento tão expressivo da demanda por suprir o progresso com conteúdos sociais e ecologistas. Em 2002, 61% dos entrevistados se pronunciavam insatisfeitos com a exclusão de assuntos ambientais da pauta e sua redução para apenas assuntos econômico-comerciais. Já em 2006, esse percentual aumentou para 79%, cerca de 30% a mais.

Outro dado importante da pesquisa aponta que no Brasil, como na maioria dos outros países, uma visão nacionalista e protecionista da economia alia-se com uma opinião mais positiva do que negativa, embora com críticas à natureza mercantilista. A população aprecia os benefícios da evolução no consumo pessoal e no acesso a estilos de vida novos, porém, permanece receosa da vulnerabilidade e outras conseqüências como perda de empregos associada a uma maior competição entre as nações por investimento e exportações.

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