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Centros Urbanos e tecnologias



Para entender os rumos da sociedade atual, é fundamental que essa análise parta de dois aspectos primordiais: a mudança demográfica e a urbanização por qual o mundo vem passando nas últimas décadas. Chamados de megatendências, esses fenômenos refletem o aumento da expectativa de vida, envelhecimento da população e crescimento da concentração de pessoas nos grandes centros urbanos. Previsões mostram que, até 2025, a Terra abrigará oito bilhões de pessoas, dois bilhões a mais do que hoje, e a maioria delas viverá em cidades.

 

Enfaticamente após o atentado terrorista ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, governos, empresas e cidadãos se deram conta da necessidade de desenvolver e implementar serviços críticos que possam garantir a segurança e a proteção às estruturas públicas ou privadas e às pessoas. Afinal, erros humanos e técnicos, atos terroristas e criminosos, bem como desastres naturais podem resultar em enormes danos, espalhando-se por áreas extensas em um efeito cascata, o que representaria uma séria ameaça para toda a população.

 

Diante desse cenário, cresce a procura por aplicações tecnológicas que possibilitem melhorar significativamente os padrões de segurança, como é o caso da solução de análise inteligente de baseada em padrões comportamentais. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que tais soluções devam movimentar cerca de US$ 1 bilhão até 2009. Uma de suas vantagens é proporcionar a identificação de padrões de comportamento de pessoas e objetos por meio da convergência de dados gerados por câmeras de vídeo, detectores de movimento, radares de solo, entre outros sensores.

 

Trata-se de uma tecnologia que otimiza, e muito, a eficiência dos sistemas tradicionais de CFTV (circuito fechado de TV), pois possibilita a visualização das imagens de infinitas câmeras em um único monitor. Só para se ter uma idéia, um estudo realizado pelo exército americano em parceria com a Universidade de Harvard revelou que, após 12 minutos visualizando mais de dois monitores, um operador de CFTV perderá 45% de todas as ações. Depois de 22 minutos, esse percentual cresce para 95%.

 

A partir de políticas de segurança pré-estabelecidas, a ferramenta de análise inteligente de vídeo permite, por exemplo, estabelecer barreiras virtuais que, quando invadidas por objetos não-autorizados, faz disparar um alarme, abrindo automaticamente a imagem da câmera mais próxima ao local da ocorrência. Com isso, o operador tem condições de tomar rapidamente as devidas providências de segurança.
           

Aparatos como esse já são realidade e vêm sendo empregado em sistemas integrados de segurança, em especial, para áreas externas com grandes extensões, como é o caso de portos, aeroportos, fronteiras ou até mesmo estações de tratamento de água, refinarias de petróleo, usinas hidroelétricas e bases militares. Um exemplo claro de como é possível aliar os avanços da tecnologia à busca de soluções que atendam às demandas das megatendências.


Paulo Alvarenga é diretor executivo da unidade Building Technologies da Siemens.

 

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