A projeção para esse ano é manter o mercado em ritmo de crescimento. Segundo o estudo Indicadores Abemd, que em sua última versão, mediu o mercado em pouco mais de R$ 21 bilhões, a média de crescimento anual do setor nos últimos 10 anos superior a 10% deve se manter.”As expectativas são as melhores possíveis. O mercado está muito mais aculturado. Hoje eu falo com o cliente e ele entende o que é marketing de relacionamento”, comenta Marcondes, da Accentiv´Mimética. Esse sentimento se espalha por todo o mercado. O levantamento da associação revela que 78,4% dos consultados estão confiantes em crescimento em 2012. “O cenário que se desenha para a disciplina de marketing direto e de relacionamento é ao mesmo tempo frutífero e desafiador, pois estamos falando em aprofundar o diálogo com os consumidores, uma tarefa cada vez mais complexa, porém que só tende a gerar mais receitas para os clientes”, exprime Efraim Kapulski, presidente da Abemd.
As ações de marketing de relacionamento permitem que as empresas conheçam individualmente seus clientes e possam agir eficazmente para atender suas necessidades e, principalmente, suas aspirações, o que faz com que ampliem cada vez mais suas ações de relacionamento com seus clientes, garante Fernando Guimarães, diretor de criação da Incentiva Marketing, blogueiro e autor do livro Os Pilares do Relacionamento, sobre programas de fidelidade que será publicado pela Campus/Elsevier. “Uma empresa consegue melhorar entre 10% a 35% o seu resultado quando utiliza de forma eficiente uma estratégia de marketing de relacionamento, como um programa de fidelidade, por exemplo, além do resultado financeiro.”
Para Eduardo Souza Aranha, presidente da Souza Aranha, o mercado deverá crescer em bases cada vez mais profissionais, com a utilização de empresas especializadas. “Deverá ocorrer a migração dos serviços feitos dentro da empresa para agências e consultorias com forte know-how em estratégia de relacionamento e tecnologia especializada”, prevê. Enquanto Guimarães acredita que o mercado fará, cada vez mais, o uso das redes sociais, equipamentos móveis e ferramentas na nuvem. “Mas o que isso reflete, num patamar mais profundo, é a consolidação de uma abordagem que privilegia o engajamento cada vez mais intenso dos participantes e a co-criação de valor, em vez de ´inovações´ que nascem nas cabeças dos executivos e são depois testadas entre os consumidores. A co-criação envolve trabalhar colaborativamente com os clientes para aumentar o valor que esses clientes percebem quando adquirem produtos ou usam os serviços das empresas. Dessa forma, as empresas conseguirão entender melhor e responder com mais profundidade às demandas, reduzindo os riscos inerentes à inovação. Na medida em que os consumidores usam crescentemente novas tecnologias que lhes permitem gerenciar seus relacionamentos com todo tipo de fornecedor, a co-criação irá se tornar um componente cada vez mais importante em estratégias de inovação e crescimento”, finaliza.