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Como terceirizar a geração dos indicadores do BSC


A cada ano que passa, as organizações convencem-se de que a gestão baseada em evidências é o fator que vai fazer a diferença entre sucesso e fracasso. Na edição de agosto de 2006 da revista Harvard Business Review, uma matéria específica sobre gestão baseada em evidências foi produzida e demonstra a relevância deste aspecto no processo decisório.

Alinhado a esta realidade, o BSC (Balanced Scorecard), metodologia de gestão que estabelece indicadores de performance que são capazes de traduzir e desdobrar as estratégias organizacionais, tem-se revelado instrumento unânime para monitoramento dos resultados organizacionais. No entanto, o processo de desenvolvimento destes indicadores é mais fecundo do que a sua viabilização efetiva. A invenção de indicadores relevantes para o processo decisório é fortemente alavancado por meio de consultorias que trabalham na criação de algoritmos (processos calculométricos matematizados) capazes de mensurar etapas vitais para a performance global da empresa.

O problema é que, depois de inventados estes indicadores, com contas matemáticas que estabelecem razões dotadas de numeradores e denominadores, na grande maioria das vezes, estes componentes não estão disponíveis na base de dados da empresa ou não são passíveis de serem extraídos com a tecnologia de informação disponível.

É exatamente nesta lacuna que entram as empresas que estão se especializando em terceirizar a “inteligência” da informação e não a “tecnologia” da informação. Enquanto a maioria das grandes companhias direciona seus esforços em automatizar o processo de geração de informação e/ou indicadores para a tomada de decisão, esforço, infelizmente, inócuo para com as demandas estabelecidas, estas empresas trabalham para agregar inteligência mesmo sem dispor de tecnologia de ponta.

O trabalho de outsourcing inovador consiste numa parceria entre empresa contratante e fornecedor de inteligência da informação, que trabalha a base de dados disponível da organização, estejam elas armazenadas em qualquer local (Excell, Acess, ERP, BI, planilhas em separado, softwares específicos, etc.) e transformam esta base de forma a responder, em tempo plausível, as mais diversas perguntas que o tomador de decisão considere relevante.

Os softwares de BI (Business Inteligence) esforçam-se, há muito tempo, em automatizar este trabalho, mas o que se constata, na prática, é uma subutilização de seus recursos. Além de uma impossibilidade técnica de integração com diversas bases de dados diferentes e de estudos com sistemáticas de correlação não tão paramétricas, ineficaz no cumprimento de sua missão preponderante.

O modelo de prestação de serviços – outsourcing – é executado por profissionais, na maioria das vezes com formação acadêmica alinhada a gestão integrada e com forte embasamento matemático e estatístico. São denominados de Gestores de Tratamento de Dados, que se responsabilizam pela geração de gráficos, estatisticamente tratados, que devem ser capazes de responder as mais diversas dúvidas dos tomadores de decisão.

Em essência, este novo modelo de outsourcing para inteligência da informação, delega o processo de transformação da base de dados disponível em indicadores focados no negócio para empresas e pessoas especializadas nisto. Assim, a organização fica apenas com seu principal fundamento e sua principal competência, ou seja, a tomada de decisão propriamente dita.

Existem ainda poucas organizações se especializando neste tipo de trabalho, mas o fato é que esta tendência tem se mostrado extremamente agregadora de valor e tem respondido questões que não tem sido possíveis com as tecnologias de informações disponibilizadas pelo mercado especializado.

Os prestadores deste tipo de serviço têm chamado este tipo de alternativa de “BI On Demand”, embora não utilizem, necessariamente, nenhum software específico de BI para a sua viabilização. A explicação reside no fato de que a forma de custos por este tipo de serviço acontece apenas depois que cada informação é efetivamente disponibilizada ao interessado e seus valores. Quando comparados ao investimento em TI, é bastante competitivo, viabilizando a gestão baseada em evidência para empresas de qualquer tamanho e segmento de atuação.

Orlando Pavani Júnior é Consultor Titulado CMC pelo IBCO/ICMCI e diretor executivo da Gauss Consulting. ([email protected])

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