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Confiança do brasileiro cai nove pontos

O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo registrou 128 pontos em fevereiro, sendo, então, nove pontos a menos em relação a janeiro (137 pontos). De dezembro/2014 para janeiro/2015 já havia sido registrada queda de 11 pontos na confiança. Já há um ano, em fevereiro de 2014, o INC marcou 145 pontos e, há dois anos, 152 pontos. A pesquisa, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo, ACSP, ao Instituto Ipsos desde 2005, varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. A margem de erro é de três pontos. As 1.200 entrevistas foram realizadas entre os dias 14 e 28 de fevereiro em todas as regiões brasileiras.  
Segundo a ACSP aponta, a queda do INC de fevereiro se deve ao fato de que o consumidor está mais inseguro em relação ao seu emprego e ao futuro, o que se reflete na sua intenção de compras. Além da alta da inflação e pelo aumento de tarifas de energia elétrica, transporte e combustíveis. Outro fator é a elevação da taxa de juros para combater a inflação. Em fevereiro, o total de entrevistados que se disseram inseguros no emprego (37%) superou a parcela dos que responderam estar seguros (31%). Em janeiro, 27% estavam inseguros e 35% estavam seguros. Há um ano, em fevereiro de 2014, os inseguros somavam apenas 21% e, os seguros, 42%.   
Apesar da maior insegurança no emprego, o número de pessoas conhecidas dos entrevistados que foram demitidas ficou praticamente estável, com média de três pessoas em fevereiro contra uma média de 3,3 pessoas em janeiro. Isso mostra que, no círculo de amigos e familiares dos entrevistados, não foram sentidos, ainda, os efeitos das recentes altas no desemprego, mostradas pelos dados oficiais.   
O atual cenário econômico fez com que os consumidores também ficassem menos à vontade para adquirir esse tipo de produto. Segundo o INC, 32% dos consumidores estavam mais à vontade para a compra de eletrodomésticos e 40% estavam menos à vontade, em fevereiro. Com relação à compra de itens de grande valor, como carros e casas, 52% dos entrevistados estavam desfavoráveis a esse tipo de compra em fevereiro e 24% estavam favoráveis. 
Por sentir mais a alta dos juros e a restrição ao crédito, a classe C apresentou queda acentuada, marcando 134 pontos em fevereiro contra 143 em janeiro. Na classe AB, o INC marcou 110 pontos – são nove pontos a menos em relação a janeiro, por ser a mais bem informada sobre a economia. A inflação dos alimentos contribuiu para a queda de sete pontos na confiança da classe DE: foram 130 pontos em fevereiro e 137 em janeiro. Além disso, a única região em que a confiança subiu foi a Norte/Centro-Oeste, provavelmente em razão dos bons resultados do agronegócio. Foram 154 pontos em fevereiro sobre 140 em janeiro.
Em todas as outras regiões, o INC foi prejudicado por fatores como o tarifaço e a inflação dos alimentos.  O índice mais baixo foi registrado no Sudeste, com 123 pontos em fevereiro; em janeiro, eram 136. No Sul, o INC foi de 129 pontos em fevereiro contra 136 em janeiro. Por fim, no Nordeste, a confiança ficou em 125 pontos, sete a menos em relação a janeiro.  A confiança despencou 22 pontos nas regiões metropolitanas, mais afetadas pelo tarifaço: nesses locais, o INC foi de 122 pontos em fevereiro contra 144 em janeiro. Nas capitais, o índice ficou estável, em 129 pontos. No interior, o índice marcou 128 pontos em fevereiro e 140 em janeiro. 
A pesquisa é representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE. O Índice Nacional de Confiança é uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. A medida, além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, visa prever o comportamento do consumidor no mercado. 

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