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Confiança dos brasileiros cai em agosto

O otimismo do brasileiro caiu 1,1% em agosto ante julho.  Na comparação com agosto de 2010, a queda foi ainda maior, de 6,1%. Os dados são do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (31). De acordo com a pesquisa, o otimismo do consumidor está cada vez mais distante dos índices registrados em 2010. Em julho, o INEC havia caído 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. 
Segundo o economista da CNI Marcelo Azevedo, a confiança dos brasileiros no ano passado ficou muito elevada por causa da recuperação da economia brasileira dos efeitos da crise financeira internacional, que eclodiu em 2008. “Alguns meses do ano passado, como o de agosto, registraram forte alta nas expectativas. Por isso, o forte recuo no INEC neste mês é natural”, explica Azevedo. 
Em agosto, a queda na confiança dos brasileiros em relação ao mesmo mês de 2010 ocorreu nos seis componentes do INEC: expectativas em relação à inflação, ao desemprego, à situação financeira, ao endividamento, à renda pessoal e às compras de bens de maior valor. As reduções mais acentuadas foram nos índices de inflação, que caiu 21%, e de desemprego, que diminuiu 10% neste mês na comparação com agosto de 2010. Esses dados mostram que as pessoas estão mais pessimistas com o aumento dos preços e do desemprego. 
Segundo o estudo, a preocupação dos consumidores com o aumento da inflação nos próximos seis meses foi a principal razão para a queda na confiança. Neste mês, 69% dos entrevistados disseram acreditar que a inflação vai aumentar. Em julho esse percentual era de 61%. Na comparação de agosto com julho, o índice de inflação foi o que teve maior queda, indicando que cresceu a preocupação com o aumento dos preços. O indicador recuou 6,7% em agosto frente ao mês anterior. 
Na questão do desemprego, apesar da queda na comparação com agosto de 2010, o índice ainda está muito acima da média histórica, o que confirma manutenção do otimismo em relação à abertura de vagas no mercado de trabalho. “No ano passado, esse indicador ficou muito elevado porque a tendência era de melhora. Hoje as pessoas ainda acreditam que haverá crescimento nas vagas de trabalho, mas não esperam o crescimento elevado como em 2010”, explica Azevedo. 
O otimismo em relação à situação financeira diminuiu 3,8% e sobre o endividamento caiu 5,7% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em relação à evolução da própria renda, a queda do índice foi de 2,2%, e sobre as compras de bens de maior valor, o recuo foi de 0,2% no período. 
As expectativas para os próximos seis meses sobre a evolução da própria renda, endividamento e situação financeira também pioraram em agosto frente a julho. O índice de evolução da renda pessoal caiu 1,4% e o de endividamento recuou 1,3% no período. Em relação à situação financeira, a queda foi de 0,9%. O índice de compras de bens de maior valor teve alta de 0,9% em agosto frente a julho.   

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