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Conheça seu candidato pela rede

As eleições se aproximam e, mais uma vez, o eleitor começa a ser bombardeado pelas propagandas eleitorais. Mas este pleito traz uma novidade: o marketing político digital. Além das campanhas em rádio, TV, jornais, outdoors e panfletos, a Internet
surge nestas eleições como uma nova mídia que, segundo especialistas em marketing digital, poderá ampliar as chances dos candidatos vencerem a corrida eleitoral.

“Ao contrário das outras mídias, nas quais o eleitor faz apenas o papel de receptor da mensagem, sem ter a oportunidade de interagir com seus candidatos, na Internet os postulantes aos cargos públicos poderão praticar a democracia para, sem ferir a legislação eleitoral, recorrer a recursos que agregarão às campanhas, como nunca antes foi possível, o marketing de relacionamento”, diz Indio Brasileiro Guerra Neto, um dos pioneiros da Internet no Brasil e sócio-diretor do i-Group, centro de treinamento especializado em planejamento e gestão de projetos digitais.

Segundo ele, com as vantagens de interagir com o eleitorado que a Internet proporciona os candidatos poderão, por exemplo, promover um chat-debate, realizar enquetes com seus eleitores para ouvir deles quais são suas principais reivindicações e discutir os principais temas do município. “Com isso os candidatos terão uma poderosa ferramenta de relacionamento para conhecer o perfil do eleitorado. De posse destes dados poderão desenvolver campanhas de e-mail marketing ou oferecer conteúdos noticiosos relacionados aos principais temas de suas plataformas eleitorais”, analisa Indio Brasileiro.

O especialista em Internet lembra que até as últimas eleições os marqueteiros vinham tratando os políticos como um novo sabonete ou uma nova marca de cerveja que precisam lançar e aumentar as vendas, mas que agora o cenário é diferente. “Pode até ter funcionado no passado remoto, mas hoje, depois de seguidas frustrações com candidatos que apresentaram belíssimas embalagens, mas conteúdos enganadores, os eleitores devem estar mais atentos e seletivos nas prateleiras eleitorais”, avisa.

“Certamente não bastará mais um slogan de efeito, uma musiquinha empolgante, símbolos como corações, estrelas ou tucanos para convencer o eleitor a sacramentar a vitória nas urnas”, completa.

Considerando os números da Internet brasileira, não se deve desprezar seu poder para conquistar eleitores. Hoje, de acordo com o Ibope, 28% da população brasileira já têm acesso a Web, o que totaliza aproximadamente 47 milhões de pessoas; 33% delas pertencentes às classes C, D e E. Mais ainda, 75% destes usuários estão em idade eleitoral, sendo quase 20% com faixa etária entre 18 e 24 anos.

“Ao se relacionar com esta audiência qualificada, o candidato já pode tirar da Internet seu benefício de ser uma mídia que permite segmentar o público que se pretende atingir. Com isso, as campanhas políticas deixam de ser campanhas exclusivamente de massa para se transformarem em campanhas dirigidas”, observa Indio Brasileiro.

O sócio-diretor do i-Group também identifica a associação do marketing de relacionamento com a Internet para viabilizar o marketing viral, que na sua análise, no caso de campanhas políticas, poderá ser, sem dúvida, fator determinante para a vitória ou a derrota.

“Os resultados das eleições podem mudar na última hora por conta de notícias e acontecimentos que correm como rastilho de pólvora. Já imaginou o estrago que um simples e-mail disparado para milhares de internautas pode provocar?”, indaga. “É bom lembrar que, internauta ou não, o eleitor é sempre o mesmo. Não existe eleitor digital. O que existe é um eleitor que dará seu voto aos candidatos que sejam mais transparentes e saibam, acima de tudo, estarem sempre dispostos a se relacionar, interagir e discutir suas candidaturas”, finaliza.

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