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Consumidor não deixa promoção de lado

As oscilações da economia e o cenário um pouco mais positivo que se desenha para os próximos meses não tiraram das promoções a importância que elas ganharam junto aos consumidores nos últimos tempos. A afirmação foi feita pela diretora comercial e de marketing da Kantar Worldpanel, Christine Pereira, durante a Apas Show 2017. De acordo com dados apresentados na ocasião, as ofertas especiais estão no topo da lista de fatores para a escolha da loja na qual os brasileiros vão comprar. Em seguida aparecem confiança, produtos de qualidade, limpeza/ordem e proximidade.
Ganhando importância generalizadamente em 2016, as promoções tiveram papéis diferentes por tipo de canal de compra. Por exemplo: melhoraram a frequência de ida aos hipermercados, apresentando crescimento de 14,5% em comparação com o ano anterior. No caso dos supermercados de rede, as promoções impactaram em aumento dos gastos em 4,9% (deflacionado), e ainda atraíram mais de 1.820.000 domicílios para os atacarejos.
A oferta que mais cativa os brasileiros, segundo o levantamento, é o famoso “leve mais, pague menos” (68%), seguida pelo desconto de preço (64%). Produtos grátis e com brinde, aparecem, respectivamente, com 25% e 23%. O comportamento demonstra que o foco do consumidor, ainda preocupado em racionalizar e planejar, está em obter uma vantagem imediata com as promoções. Neste momento, os produtos básicos seguem como o foco da hora de encher o carrinho de compras, mas itens considerados “premium acessíveis”, que trazem um benefício claro, conseguem se manter na despensa.
A executiva apresentou também informações sobre a faixa etária que mais cresce no país atualmente: as donas de casa mais maduras. Um terço das compras são feitas por lares com donas de casa acima dos 50 anos. Com maior renda, o lar com pessoas dessa idade gasta menos do que os dos mais jovens e, portanto, sobra dinheiro. Nesses domicílios, os produtos saudáveis se destacam, porque a preocupação com a saúde é mais evidente. Entre eles, pão light e integral, biscoito integral, requeijão light, leite em pó desnatado, iogurte diet, light e zero e refrigerantes diet/light e zero.
Outro comportamento que tem impactado o consumo no Brasil é o fato de que as famílias são cada vez menores. Em 2006, por exemplo, 30% dos lares tinham uma ou duas pessoas. Dez anos depois, o número foi para 32%. Já os que eram compostos por cinco ou mais pessoas, no mesmo período, caíram de 22% para 19%. Atualmente, 7% dos domicílios têm apenas uma pessoa. Essa mudança implica em uma maior demanda de embalagens sob medida, menores e ideais para o momento.

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