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Custo de vida em SP sofre elevação

No município de São Paulo, em março, o Índice do Custo de Vida teve um aumento de 0,44%, comparando com fevereiro. Como aponta o cálculo do Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Os grupos que registraram as maiores taxas, em março, foram Despesas Pessoais (4,13%), Alimentação (1,03%) e Transporte (0,43%), que juntos contribuíram com 0,55 pontos percentuais (p.p.) no índice final. Já a redução de 0,81% no grupo Habitação resultou em impacto de -0,18 p.p. na taxa de março.
O grupo Despesas Pessoais subiu 4,13%, com alta de 0,93% no subgrupo higiene e beleza e 7,30% no subgrupo fumo e acessórios, devido ao aumento ocorrido nos cigarros (7,36%). Os gastos com Transporte (0,43%) seguiram com tendência de alta, como nos meses anteriores. No subgrupo transporte individual (0,62%), os combustíveis continuam subindo e mostraram taxa de 0,92% devido à alta da gasolina (0,50%), álcool (1,91%) e diesel (0,43%). O transporte coletivo variou 0,02%.
A redução do grupo Habitação (-0,81%) foi acarretada pela retração no subgrupo conservação do domicílio (-1,37%), uma vez que houve queda na tarifa de energia elétrica (-6,24%). No subgrupo locação, impostos e condomínio, a taxa foi de -0,06%: a diminuição do condomínio (-0,53%) foi compensada pelo aumento de 0,91% do IPTU. O subgrupo conservação do domicílio mostrou variação de 0,02%. As taxas dos subgrupos da Alimentação (1,03%) foram as seguintes: alimentação fora do domicílio (0,83%), produtos in natura e semielaborados (0,88%) e indústria alimentícia (1,37%). 
A desagregação dos itens que compõem o subgrupo produtos in natura e semielaborados (0,88%) revelou o seguinte comportamento: Raízes e tubérculos (3,43%); Frutas (2,83%); Hortaliças (1,82%); Grãos (0,98%); Aves e ovos (0,79%); Leite in natura (0,02%); Carnes (-0,21%); Legumes (-1,26%). As altas no subgrupo alimentação fora do domicílio (0,83%) ocorreram da seguinte forma: Refeições principais (0,96%) e lanches matinais e vespertinos (0,66%). Os produtos que registraram aumentos mais expressivos no subgrupo indústria da alimentação (1,37%) foram: iogurtes (4,73%); chocolate em pó (3,61%); leite longa vida (3,37%); queijos (3,23%); cerveja (3,22%); açúcar (2,21%); óleo de soja (2,06%); refrigerantes (1,25%); café em pó (1,17%); carnes industrializadas (0,64%) e pães industrializados (0,63%) e pão francês (0,40%).
Índices por estrato de renda
Além do índice geral, o Dieese calculou mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em março, para as famílias com rendimentos mais baixos, renda média de R$ 377,49, a taxa foi de 0,41%; para as famílias que possuem rendimento intermediário, renda de R$ 934,17, ficou em 0,45%. Já para aquelas de maior poder aquisitivo, R$ 2.792,90 de renda, a variação foi de 0,44%. Todas as taxas apresentaram queda em relação ao mês anterior: para as famílias mais pobres, a queda foi de -0,34 p.p.; para as intermediárias foi de -0,28 p.p.; e as de maior poder aquisitivo foi de -0,26 p.p..
Como ocorreu em fevereiro, foram os produtos da indústria alimentícia que, em março, apresentaram as maiores altas do grupo Alimentação. A variação foi de 0,93%. O gasto com cigarros é maior para as famílias de baixa renda, de forma que a alta de preços teve maior impacto para esse grupo. No grupo Despesas Pessoais, as taxas e contribuições por estrato foram respectivamente de 4,62% e 0,27 p.p. para o as mais pobres; 4,33% e 0,21 p.p. para as intermediárias; e 3,86% e 0,14 p.p. para as mais ricas.
No entanto, no grupo Transporte, os reajustes dos combustíveis pesaram mais nos gastos das famílias de maior renda. A queda na Habitação, devido à diminuição da tarifa de energia elétrica, teve maior impacto para as famílias mais pobres: a taxa foi de -1,25% e a contribuição de -0,30 p.p.; nas famílias de renda média, a redução foi de -0,99% e o impacto de -0,22 p.p.; e aquelas que possuem mais renda, de -0,59% e -0,13 p.p., respectivamente.
Comportamento dos preços em 2016
No primeiro trimestre do ano, foram observadas taxas superiores ao índice geral (2,97%) em quatro grupos: Educação e Leitura (7,65%), Despesas Pessoais (6,66%), Transporte (4,55%) e Alimentação (4,24%). Os outros seis, registraram variações menores: Equipamento Doméstico (1,87%), Recreação (1,41%), Despesas Diversas (1,25%), Saúde (1,18%), Vestuário (0,15%), e apenas na Habitação (-0,52%) houve decréscimo.
A taxa acumulada do grupo Educação e Leitura, em 2016, foi de 7,65%. O subgrupo educação registrou variação de 7,68%, com reajuste de 8,31% para os cursos formais, 7,67% para livros didáticos, 4,92% para os artigos de papelaria e 4,86% para os cursos diversos. No subgrupo leitura (7,12%), os jornais não variaram; já as revistas apresentaram taxa de 12,25%. Já o grupo Despesas Pessoais acumulou alta de 6,66%; os reajustes dos cigarros, ocorridos na última semana de fevereiro, incidiram ainda em três semanas de março, com taxa de 10,71%. A variação no subgrupo higiene e beleza foi menor, 2,72%. 
Transporte registrou taxa de 4,55%. Os dois subgrupos apresentaram aumento; o transporte coletivo subiu 7,50%, devido aos reajustes da maior parte das tarifas em janeiro; e, o transporte individual aumentou 3,23%. Consequência das altas na gasolina (3,14%) e no álcool (8,81%). Os subgrupos da Alimentação (4,24%) apresentaram as seguintes variações acumuladas em 2016: produtos in natura e semielaborados (4,94%); indústria da alimentação (4,19%); alimentação fora do domicílio (2,84%). 
Comportamento dos preços nos últimos 12 meses
Entre abril de 2015 e março de 2016, a taxa acumulada foi de 9,31%. Foram observadas variações superiores ao índice geral para os grupos Alimentação (11,66%), Despesas Pessoais (11,28%), e Transporte (10,54%).
– Alimentação (11,66%): produtos in natura e semielaborados aumentaram 12,71%, com destaque para melão (52,65%), alho (50,44%), mamão (49,99%), cebola (41,53%), maçã (40,93%), uva (31,04%), cenoura (30,05%), asa de frango (20,31%), feijão (18,47%) e carne bovina (12,81%). Os itens da indústria alimentícia acumularam alta de 11,45% e ressaltam-se as elevações do açúcar (51,38%), pêssego em calda (41,28%), goiaba em calda (29,48%), azeite (26,27%), fermento em pó (25,53%), tempero em pó (22,96%), pão de hambúrguer (21,31%) e óleo (21,00%), A alimentação fora do domicílio registrou taxa de 9,73% devido aos reajustes nos lanches matinais e vespertinos (9,17%) e nas refeições principais (10,17%).
– Despesas Pessoais (11,28%): o subgrupo higiene e beleza subiu 11,91%: enquanto os produtos aumentaram 13,15%, os serviços variaram 7,81%. Já para o subgrupo fumo e acessórios (10,70%), a alta foi determinada pelo reajuste de 10,71% dos cigarros.
-Transporte (10,54%): aumentos dos combustíveis (17,60%) – álcool (31,34%) e gasolina (12,74%) destacam-se no subgrupo transporte individual (11,69%). O subgrupo transporte coletivo registrou taxa acumulada de 8,14%.

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