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Desaceleração no crédito


O crédito voltado ao consumo continua em alta, entretanto, começa a dar sinais de desaceleração. De acordo com os Indicadores Partner de Crédito ao Consumidor, em maio, o saldo de todas as linhas atingiu a marca de R$ 133,3 bilhões, o que representa um ICA (Índice de Crescimento Anual) de 28,4%. Já a elevação medida pelo ICM (Índice de Crescimento Mensal) foi de 2,8%. Ao se analisar o ritmo de crescimento do saldo neste ano é possível perceber uma retração. De janeiro deste ano, em relação a dezembro de 2004, por exemplo, o avanço do ICA foi de 2,1 pontos percentuais. Em maio, na comparação com abril, o ICA cresceu 1,1 ponto percentual.

Na opinião de Álvaro Musa, sócio-diretor da Partner, consultoria responsável por esse levantamento, que é baseado em dados do BC (Banco Central), a tendência do crédito voltado à pessoa física para os próximos meses é de alta, mas em ritmo cada vez menor. “É importante lembrar, no entanto, que o ICA de maio (28,4%) é superior a média registrada no ano passado (22%)”, afirma.

Entre os motivos para a desaceleração, segundo Musa, estão as recentes elevações das taxas de juros, uma certa desconfiança dos consumidores com os rumos da economia e a revisão das políticas de crédito implementadas por algumas instituições financeiras.


Entre os destaques do mês, que foi fortemente influenciado pelo Dia das Mães, estão as linhas Crédito Pessoal, Cartão de Crédito e Aquisição de Bens, que apresentaram ICA de 42,4%, 35,6% e 34,1%, respectivamente.

Concessão recorde – As novas concessões de empréstimos somaram R$ 38,6 bilhões, o que representa um ICA de 19,5% e um ICM de 8,8%. Também influenciada pelo Dia das Mães, a segunda data mais importante para o varejo, a linha Cartão de Crédito foi a que mais cresceu, atingindo um ICA recorde de 54,5%. Pela primeira vez desde junho de 2000, quando o BC começou a divulgar dados do mercado de crédito, o volume de concessões do Cartão de Crédito ultrapassou a marca de R$ 5 bilhões em maio.

Taxa de juros acompanham Selic – Influenciadas pelas nove altas consecutivas da Selic, a taxa média dos empréstimos voltados ao consumo aumentaram 1,2 ponto percentual, passando de 64,5% em abril para 65,7% em maio. “É o valor mais alto do último ano, porém, ainda é um patamar mais baixo do que o registrado em 2002 e 2003”, lembra Álvaro Musa.

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