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Digitalização: um caminho sem volta!

Autor: Miguel Saldivar
 
Quando penso nas mudanças que estamos vivendo e a velocidade com que essas transformações ocorrem fico feliz por saber que a tecnologia da informação faz parte desse movimento e é uma das principais indústrias que influencia todas as outras. Para citar alguns exemplos temos a transformação do varejo, com o e-commerce; do mercado automobilístico, com carros cada vez mais inteligentes; do segmento hospitalar, com robôs que realizam cirurgias de altíssima precisão. De 2007 para cá, empresas da internet passaram a ter um alto valor no mercado e o que antes era visto como um meio para entreter, hoje virou fonte de receita para muitas companhias no Brasil e no mundo.
Dominic Barton, diretor global da consultoria Mckinsey & Company, lembra em artigo que cerca de 90% do total de dados do mundo foi criado nos dois últimos anos e em 2020, a quantidade de informações armazenadas poderá ser 50 vezes maior do que era em 2010. Segundo ele, até lá os smartphones devem conectar mais 2 ou 3 bilhões de cidadãos em todo o mundo, com bilhões de sensores de máquinas monitorando tudo, de tratores a motores a jato, permitindo aumentos maciços no armazenamento e análise de dados.
É uma ótima oportunidade de entendermos o que significa toda essa movimentação e aproveitarmos o mundo de possibilidades que ela nos traz. Temos muita tecnologia à disposição, mas nem todo mundo sabe utilizá-las ou o que fazer com essa imensa quantidade de dados, soluções, softwares, hardwares. Natural se considerado os processos de uma revolução. Estamos diante de uma quebra de paradigmas como várias outras que aconteceram na história e as pessoas estão aprendendo a lidar com isso.
Porém, mais do que aprender a lidar com um grande universo de informações, um bom exercício para consumidores e empresas é analisar a capacidade que a tecnologia nos dá nas tarefas mais simples como posicionar uma mídia de acordo com o perfil do consumidor, ou dentro de um conteúdo específico. Ou ainda, mudar uma publicidade se ela não estiver sendo bem aceita dentro de uma geografia. Hoje você pode encontrar o seu público e usar ferramentas para ir atrás das pessoas certas, fiéis compradoras do seu produto, seguidoras da sua marca.
Para mim, as três palavras de ordem dessa transição, independentemente do viés do seu negócio (atender outras empresas ou servir diretamente aos consumidores), giram em torno do social, local e da mobilidade, ou seja, os compradores do seu produto são pessoas que estão interagindo entre si, considerando o local onde estão, por meio de uma plataforma móvel, que traz conforto e conveniência. Na era do compartilhamento, as pessoas são selecionadas como filtros das informações e o impacto disso está diretamente relacionado à sua marca, que hoje não é mais o que ela fala sobre si mesma, e sim o que as pessoas conversam sobre ela.
Neste cenário, as empresas digitalizadas, que utilizam a tecnologia a favor dos negócios têm descoberto uma infinidade de benefícios, como os softwares embarcados e a análise de dados em tempo real focando justamente na redefinição da forma como idealizam seus produtos e os trazem para o dia a dia ou até como executam seus processos internos. Este último exemplo me remete a uma grande companhia brasileira do segmento de energia que já atua com dispositivos móveis para manutenção de suas redes elétricas integrados com mapas de geolocalização. Isto é um grande aliado para proporcionar atuações mais rápidas inclusive em situações de apagões, ainda comuns no Brasil.
O fato é que as tecnologias digitais estão batendo à porta. Com inteligência e planejamento podemos obter grandes vantagens do mundo de possibilidades que elas oferecem. Arrisco até a dizer que elas serão parte importante do processo de criação de novas gerações de empresas. Por que então ficar de fora? Por que não transformar os sistemas que a sua companhia já possui e se integrar neste universo? Com tanta criatividade e potencial das indústrias no Brasil não há desculpas para que as companhias locais ou com atuação no país continuem se esquivando da “Era Digital”. É um caminho que estamos começando a trilhar e sem volta. Digitalizar um negócio é entender que essas tendências cedo ou tarde afetarão, irreversivelmente, a sua ou qualquer outra indústria. Será apenas uma questão de tempo. Então vamos agir enquanto estamos no período de mudanças, definindo estratégias e desenhando um plano seguro para essa viagem. A hora é agora.
Miguel Saldivar é CEO da Softtek Brasil

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