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É necessário saber driblar

Não é muito fácil estabelecer um segmento de mercado no Brasil, principalmente quando envolve a Internet. “Aqui é um país complicado se pensarmos em questões de impostos, logística, pagamento, juros altos, entre outros. Acredito que esses pontos dificultam a entrada de alguns players internacionais que desenharam suas estratégias para um modelo que funciona de forma mais simples”, afirma Alexandre Crivellaro, diretor executivo do Ibope E-commerce. Apesar dessa adversidade, o brasileiro conseguiu driblar os problemas e se estabelecer no segmento. “Essa é justamente a inovação no e-commerce brasileiro: adaptação à nossa realidade. Muitos usuários não possuem cartão de crédito, o que leva a venda por boleto, por exemplo. Algumas outras estratégias, já aplicadas em outros mercados e adaptadas para o Brasil, como o frete grátis, o uso de cupom de desconto, a adoção do Black Friday, processos de trocas mais facilitados para vestuário e calçados, entre outros”, exemplifica Crivellaro.
E o país ainda demonstra uma grande potencial de crescimento. Das 200 milhões de pessoas, entre 50 e 60 milhões navegam na internet ativamente todos os meses. Desses internautas ativos, somente 15%, em média, compram alguma coisa no período de um mês. E, no período de 12 meses, chegamos a 35% dos usuários. “Esse números evidenciam assim um enorme potencial do país no e-commerce. Porém, é importante também notar a proporção das vendas online x offline no varejo, que representam hoje somente 2,5%. Em países desenvolvidos esse número está perto de 10%”, ressalta o diretor.
Na hora de analisar em que estágio se encontra o Brasil no segmento, Crivellaro coloca o país do inicial para o intermediário. Porém, segue acompanhando a tendência de crescimento mundial que, segundo consultorias internacionais, ascenderá 20% em 2014. “Este número será impulsionado pelos países asiáticos, mas o Brasil deve ter uma taxa de crescimento semelhante, talvez um pouco mais alta. Os motivos que levam o Brasil a ter esses números elevados de crescimento são: a maior oferta de produtos na internet, a entrada de novos compradores e o aumento de frequência dos compradores atuais”, salienta.

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