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Endividamento do consumidor sobe em novembro


Os consumidores da Região Metropolitana de São Paulo voltaram a se endividar mais em novembro, em comparação com o mês anterior. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), mostram que o percentual subiu para 63% dos entrevistados contra 59% em outubro deste ano.

Mesmo com essa pequena variação, a proporção de consumidores que se declara endividado é ligeiramente menor do que a captada pela pesquisa em novembro de 2004, cujo índice de entrevistados que possuíam dívidas era de 65%. A assessoria econômica da Fecomercio, no entanto, ressalta que, de qualquer forma, a PEIC continua a detectar um nível elevado de consumidores endividados, principalmente se for considerado o alto custo das dívidas e o prazo médio bastante reduzido.

Por outro lado, no contraponto entre novembro e outubro deste ano, a PEIC detectou informações que sinalizam uma melhora no total de consumidores com dívidas em atraso. Em novembro, 39% dos consumidores apresentavam dívidas com algum tipo de atraso, ou seja, cerca de 24% dos entrevistados na pesquisa. Em outubro, a proporção de endividados com contas em atraso era de 41%. No entanto, a assessoria econômica da Fecomercio alerta que, mesmo diante da redução, o quadro é complexo em virtude de grande parte dos consumidores ainda estar inadimplente.

Também, em novembro, 73% dos consumidores com dívida em atraso afirmaram acreditar poder quitar parcial ou totalmente as parcelas pendentes contra 67% em outubro. Segundo análise da assessoria econômica da Fecomercio, a proximidade das festas de fim de ano, a pequena melhora da renda e o incremento salarial relativo ao décimo terceiro justificam essa postura.

Em relação ao comprometimento da renda, os cálculos mostram que houve um pequeno aumento. O índice subiu de 32% em outubro para 33% em novembro. Segundo a assessoria econômica da Fecomercio, se trata de um comportamento natural uma vez que, durante o ano de 2005, também houve um forte incremento de oferta de crédito que, quando captado pelos consumidores, eleva o grau de endividamento médio.

Quanto ao prazo médio de endividamento dos consumidores, se verifica que para 23% dos entrevistados, o período é inferior ou igual a três meses. Para pouco mais de 46%, o prazo varia de três meses a um ano. Apenas 29% têm dívidas com período de quitação superior a 12 meses. Ou seja, 70% dos endividados têm contas que devem ser pagas em, no máximo, um ano, o que acaba por prejudicar a capacidade de consumo da população.

Segundo a assessoria econômica da entidade, os dados da PEIC apontam para um quadro ainda complexo da economia. O consumidor detém pouca renda e tem de recorrer a uma ou mais modalidades de crédito. Grande parte do crédito é ofertado a taxas de juros elevadas e com prazos reduzidos para quitação. Na avaliação dos economistas da Fecomercio, o consumidor brasileiro ainda está muito endividado e não há perspectivas de reversão desse quadro no curto prazo.

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