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Está na hora de acordar



Autor: Alessandra Assad

 

Eu sempre ouvi falar que os pequenos detalhes fazem toda a diferença, mas francamente eu acreditava que isso não deveria ser levado tão a ferro e fogo no mundo dos negócios. Afinal de contas, a velocidade muitas vezes nos impede de colocarmos o máximo de nossas energias e competências. Mas é exatamente essa velocidade que hoje nos mata, mas nos mostra que sim, que devemos nos unir a ela para investirmos nesses pequenos detalhes, principalmente quando o assunto é atendimento ao cliente.

 

Em casa ou de casa?

Eu costumo me hospedar sempre no mesmo hotel em determinada cidade. Não é nenhum cinco estrelas, mas o preço é bom, o pessoal me trata bem, o chuveiro funciona e a cama é gostosa. Tudo bonitinho, limpinho, eu diria que um custo-benefício que conquistou minha fidelidade.  Depois de algum tempo, comecei a me sentir “em casa”, e como tal, comecei a ser tratada como “de casa”. As duas toalhas do banheiro viraram uma só, a touca de banho que deveria ser reposta diariamente, bem como as ammenities começaram a ser esquecidos, a roupa de cama começou a passar de quatro dias sem trocar, e a limpeza do carpete passou a ficar duvidosa. E olha que só me dei conta disso quando cruzei com o mesmo cisco em quatro dias diferentes. Ele estava ali, paradinho, me olhando, sempre no mesmo lugar. Aquela verdadeira realidade de alguém que já conquistou o cliente e não precisa fazer qualquer tipo de esforço para mantê-lo.

 

A gota d’água mesmo aconteceu quando pedi para me acordarem cedinho para um compromisso importante e o telefone nem sequer tocou. Eles simplesmente esqueceram, e quando fiz qualquer menção de cobrança, ouvi mais de sete desculpas diferentes, desde que eu não havia solicitado o serviço a até mesmo que o serviço tinha sido prestado e eu não estava me lembrando, pois provavelmente deveria ter dormido de volta. Talvez eu tenha ficado louca e tenham esquecido de me contar. É provável também. Mas o fato é que ninguém sequer cogitou a possibilidade de um pedido de desculpas. Se tivesse acontecido, é bem provável que eu já tivesse me esquecido do fato, porque afinal de contas, errar é humano. E perdoar é divino.

 

Ocorre que todo aquele emaranho de desculpas e a perda do meu compromisso importante me fizeram questionar o quanto eu poderia confiar naquelas pessoas. Eu sou cliente assídua e em momento algum tiveram comigo a consideração que sempre tive por eles. Confesso que me senti traída e enganada. Lembrei de Stephen M. R. Covey, que escreveu o livro o Poder da Confiança, no qual descreve  e tangibiliza sabiamente o quanto a confiança influencia na velocidade dos negócios, e no quanto esta velocidade influencia no seu lucro.

 

Em outra casa

Uma semana depois, precisei voltar para aquela cidade, mas dessa vez resolvi experimentar o concorrente daquele hotel, que ficava a uma quadra de distancia e cobrava um pouquinho mais pela diária. O apartamento não era como o do outro, e não me senti em casa lá também. Mas o telefone tocou cinco minutos antes do horário solicitado por mim. E depois de quinze minutos alguém me chamou novamente, só para checar se eu havia realmente acordado. Coisas de quem se preocupa com o cliente. Um pequeno detalhe que fez toda a diferença para mim.

 

Às vezes nos preocupamos tanto em agradar ao cliente com muitos mimos, e investimos parcela significativa do nosso budget nisso, mas a verdade nua e crua é que o cliente não anseia tantas coisas, ele anseia basicamente se sentir cuidado, importante, amado e querido. Somos carentes de um atendimento exemplar, que cumpra, no mínimo, com aquilo que consideramos básico para construirmos uma relação de confiança. É fácil mesmo lotar um hotel, é fácil conquistar novos clientes. Difócil é reconquistar um cliente decepcionado, ou lutar para que isso nunca aconteça. Não é feio errar, feio é errar e não corrigir, ç errar e não aprender, ç errar e não pedir de desculpas. É errar e não corrigir. É errar e não crescer com o erro.

 

Lembre-se: cuidar dos pequenos detalhes pode fazer toda a diferença. Ei, será que não está na hora de Você acordar para o seu cliente? Para seu “chefe”? Para seu parceiro?

 

Alessandra Assad é consultora sênior do Instituto MVC.

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Está na hora de acordar



Se a sua empresa ainda não usa mídias sociais em seu composto de comunicação de marketing, eu tenho uma má notícia: a concorrência certamente está usando. Aliás, as más notícias são duas: a concorrência não é apenas a outra empresa que fabrica um produto similar ao seu, são todas as empresas que estão lutando para atrair a atenção do seu cliente e pegar uma fatia do dinheiro dele.

Acorde, portanto. Ainda dá tempo, pois todo mundo no mercado ainda está experimentando e aprendendo nesse campo. Mas não vá com muita sede ao pote: mídias sociais não funcionam bem para ´hard selling´. O objetivo primário é conectar seus consumidores a longo prazo e compartilhar juntos com eles informações e experiências. Sempre mensurando esses esforços.

Eis cinco diretrizes que você precisa considerar ao avaliar a performance de um programa de mídias sociais:

1. Facilite a avaliação de seus produtos. Para o consumidor, a fase de avaliação é a mais longa e mais difícil do processo de compra. Em geral, ele quer recolher informações e digeri-las antes de passar no caixa. Ferramentas como ´ratings´, opiniões de outros consumidores, orientação educacional, etc., podem facilitar esse processo.

2. Compartilhe oportunidades de inovação. Dar aos seus consumidores a capacidade de contribuir diretamente com a evolução de seus produtos é uma grande maneira de manter o consumidor comprometido com a marca. Marcas como Dell, Starbucks, Sears e Best Buy lançaram sites ´geradores de idéias´ para permitir que os consumidores enviassem idéias sobre como melhorar seus produtos.

3. Diferencie com apoio social ao consumidor. Os consumidores estão cada vez mais seletivos, quando escolhem produtos para comprar. Nesse cenário, pode ser uma pequena coisa, como o apoio ao consumidor, que cria um diferenciador da marca. Dell e Apple destacam-se neste campo.

4. Forneça recompensas sociais. As pessoas adoram ser reconhecidas por realizações frente aos seus pares e isso pode ser um diferenciador mais forte do que incentivos financeiros. A Amazon, por exemplo, usa um sistema de reputação no qual os usuários ganham reconhecimento público como comentaristas de livros se os seus comentários se mostram úteis para outros usuários.

5. Crie transparência de marca. Uma grande maneira de se conectar com seus consumidores e engendrar um sentido de fidelidade é ter conversas abertas, honestas e bidirecionais com eles. Esse tipo de sinceridade faz com que o consumidor se sinta parte da marca e que suas opiniões têm valor – ou seja, motivos de sobra para voltarem ao blog, e comprarem mais da empresa.

Até a próxima.

Fernando Guimarães é especialista em marketing de relacionamento e branding. E-mail: [email protected]

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