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Estudo aponta mudanças e tendências de consumo no pós-pandemia

Levantamento da Adventures evidencia crescimento de setores e traz insights de como as marcas devem usar, agora, os dados a seu favor 

Durante a pandemia, os consumidores passaram a valorizar ainda mais as experiências de compra, deixando de consumir sem propósito efetivo. A conclusão faz parte do estudo .”Mudanças de Hábitos”, divulgado pela Adventures, startup aceleradora de marcas, com foco no comportamento dos consumidores e seus impactos. Segundo o relatório, a expectativa é que o público continue optando por marcas que prezam pela excelente experiência do cliente e, para isso, o uso de novas tecnologias será o suporte ideal. Enquanto antes a experiência de consumo era levada em conta por uma menor parcela da população, no novo cenário ela passa, muitas vezes, a ser o fator mais importante numa decisão de compra.

“Com esse estudo, queremos trazer um novo olhar para as empresas que estão buscando por melhores caminhos para o cenário pós-pandêmico. Pudemos observar diversos fatores que impactaram diretamente no consumo das pessoas, como o uso de delivery, o consumo de alimentos naturais e o crescimento do setor de cosméticos, por exemplo. Acreditamos que teremos muitas opções para serem exploradas daqui para frente, basta analisarmos o que os dados nos mostram para trilharmos o caminho certo”, explicou Bruno Novaes, sócio e diretor executivo de estratégia da Adventures..

Na avaliação do executivo, “não por acaso, as áreas de CX  apresentaram crescimento exponencial. Não existe mais compra sem conexão com a marca e, não levar isso em conta pode significar que a empresa não sobreviverá nesse mercado. E para conseguir atender essa nova demanda dos consumidores, o uso da tecnologia tornou-se indispensável, quanto menos burocrático e mais rápido for o processo, maiores são as chances de conversão”.

Digital e omnicanalidade 
A pesquisa realizada pela Adventures também destaca que as redes sociais e o comércio eletrônico tiveram um papel fundamental durante a pandemia e ajudaram as marcas a criarem conexões ainda mais próximas com os seus clientes. O faturamento do e-commerce, que já vinha crescendo no Brasil nos últimos anos, teve um aumento de 41%, chegando a R$ 87,4Bi em 2020. Já no 1º trimestre de 2021, o número foi 72% maior do que o mesmo período no ano anterior, mostrando uma clara tendência de crescimento para os próximos anos.

Ao olhar para os setores que mais tiveram mudanças, positivas e negativas, no e-commerce durante a pandemia, o estudo destaca os seguintes números: entre os que mais tiveram crescimento estão o de petshop (+108%), lojas de departamento (+55%), casa e decoração (+53%), e perfumaria (+44%). Por outro lado, o ramo automotivo e de bebidas enfrentaram queda em seus faturamentos, com -37% e -21% respectivamente.

Ainda segundo o relatório, a omnicanalidade deverá ser uma das grandes apostas das empresas para os próximos anos, isso porque os consumidores buscam cada vez mais por companhias que ofereçam a possibilidade de integração entre os diferentes canais de comunicação. “As pessoas não aceitam mais serem tratadas como um índice de vendas, elas buscam por marcas que reconheçam o seu valor e estejam presentes em todos os meios de comunicação possíveis. Investir em omnicanalidade é um grande passo para quem deseja atrair ainda mais a atenção dos consumidores”, analisou Novaes.

Saúde e bem-estar
As mudanças durante a pandemia também contribuíram para o aumento dos gastos com bem-estar, chegando a US$ 4.4 trilhões em 2021. De acordo com o levantamento, os cuidados com emagrecimento, exercícios físicos e beleza são os mais relevantes a nível global, com um número em constante crescimento.

Além disso, o bem-estar corporativo também é um dos pilares que cresce ano após ano, isso porque as empresas estão compreendendo a importância de investir na saúde mental de seus colaboradores. Segundo a pesquisa, em 2021 o crescimento de aplicativos ligados à saúde, bem-estar e fitness multiplicaram a receita ao adotar o modelo de assinatura.

Alimentação e beleza
A pandemia também foi responsável por provocar mudanças nas tarefas básicas do dia a dia, como a alimentação dos brasileiros. Segundo o estudo, 57% das pessoas mudaram ou pretendem mudar o estilo de alimentação para ingerir menos carne animal, enquanto 44% têm o hábito de consumir alimentos plant-based com alguma frequência.

Esse movimento no ramo alimentício fez com que muitas empresas investissem em novos formatos de lojas e canais de distribuição para impulsionarem suas vendas. Com isso, as expectativas são de que o delivery se mantenha em alta, já que 80% das pessoas têm a intenção de manter o uso no dia a dia. Para 51% das classes A e B, isso ajuda a variar a alimentação, enquanto para 30% das classes C, D e E torna-se opção pela falta de tempo.

Outro dado que chama atenção é sobre a movimentação no setor de beleza e cosméticos, que mesmo com o PIB do Brasil caindo -4,1%, manteve sua tendência de alta em 2020, com +4,7%, mostrando que o mercado cresceu na pandemia, chegando ao faturamento de R$ 122 bilhões. Além disso, o Brasil manteve a quarta posição no ranking mundial e, junto com a China, foram os únicos países que mantiveram os resultados positivos em vendas no setor entre os cinco maiores mercados globais, naquele ano.

“Para as marcas que pretendem investir no segmento, será importante efetuar mudanças éticas, inclusivas e sustentáveis, pois os consumidores estão valorizando cada vez mais a transparência das empresas. Dados do estudo mostram, por exemplo, que é importante agregar valor ao serviço para além do produto. É preciso criar conexão entre o hábito de consumo dos clientes, por um olhar cada vez mais holístico, o que a empresa vende”, concluiu o diretor.

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