Faturamento do varejo cresce 7,9%


A recuperação da renda, ainda que pequena, a inflação em queda e a oferta crescente de crédito foram variáveis fundamentais para que o comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo registrasse em setembro a maior taxa de crescimento do ano: 7,9% a mais em relação ao mesmo mês de 2005. No acumulado no ano, o faturamento real aumentou 4%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

“Apesar do resultado positivo, a magnitude da Selic inibe qualquer comemoração, pois a renda do consumidor é drenada para o pagamento de juros. Embora em setembro os juros tenham descido ao menor nível da série histórica apurada pelo Banco Central, seu patamar médio ficou em 51,6% ao ano, ou mais de 45% em termos reais. Esse fator impede uma expansão mais expressiva do consumo interno”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

O expressivo desempenho do varejo em setembro decorreu de um comportamento positivo e generalizado dos nove segmentos pesquisados. Apenas dois – lojas de autopeças e de móveis – registraram quedas nas vendas (24,9% e 0,3%, respectivamente), em relação a igual período de 2005. Nos demais observa-se expansão do faturamento real: Vestuário, Tecidos e Calçados, 12,4%; Farmácias e Perfumarias, 11,9%; Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos, 9,5%; Concessionárias de Veículos, 9,4%; Material de Construção, 7,5%; Lojas de Departamentos, 5,3%; e, Supermercados, 1,5%. É importante, no entanto, ressalvar que, em setembro de 2005, registrou-se o menor movimento de vendas do segundo semestre alta de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2004.

No comparativo entre o acumulado dos nove primeiros meses de 2006 e o mesmo período de 2005, os seguintes grupos registraram alta nas vendas: Vestuário, Tecidos e Calçados, 11,5%; Farmácias e Perfumarias, 9%; Material de Construção, 3,9%; Supermercados, 3,8%; e, Concessionárias de Veículos, 0,7%. O faturamento real ficou estável nas Lojas de Departamento e caiu em Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (10,4%); Autopeças e Acessórios (5,7%) e Móveis e Decorações (5,6%).

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