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Fidelidade fora dos gramados

O Brasil tem algumas características presentes em seu cerne que ficam evidentes cada vez mais. Entre elas, está a paixão pelo futebol, um amor incondicional. O torcedor não mede esforços para apoiar o clube de coração. Porém, nessa nova era de interação constante, o público quer algum retorno para tanto fanatismo, tanto em campo quanto fora dele. Para isso, os clubes passaram a investir em programas de sócio-torcedor. O problema é que a adesão não foi das maiores, algo faltava. Para ajudar nessa guinada, foi criado o Movimento por um Futebol Melhor, uma união de empresas de grande porte com o intuito de oferecer vantagens e descontos para os sócios dos clubes. O projeto está fazendo um ano e o balanço, segundo Rafael Pulcinelli, gerente corporativo da Ambev e um dos responsáveis pelo movimento, é positivo. “Passamos de 158 mil para quase 700 mil sócio-torcedores. Só com a inclusão de novos sócios, são cerca de 220 mil. Com isso, os clubes tiveram uma receita adicional de R$ 100 milhões”, destaca Pulcinelli.
Quando os clubes começaram a investir no sócio-torcedor, tinha como vitrine descontos nos ingressos. Mas chegou uma hora em que eles queriam mais. E, para fidelizar o fã, foi preciso aumentar a oferta. Nesse ponto, o movimento conseguiu ajudar os clubes, oferecendo descontos em compras, por exemplo. “Assim, é possível atingir o torcedor mais distante, que não frequenta estádios, mas quer ajudar o clube. O torcedor flamenguista de Manaus, por exemplo, pode contribuir para o time e aproveitar na sua cidade todos os benefícios. Isso amplia os limites do clube para atrair associados”, pontua o gerente da Ambev.
Apesar do grande crescimento na adesão dos torcedores, o Brasil ainda está bem atrás em comparação a Europa. O Benfica, por exemplo, tem a maior taxa de relação: 4% de sua torcida é sócio. Aqui, o time com mais fã é o Internacional, com taxa de 2,2%. Porém, grande parte dos times está abaixo de 1%. “É bem possível que o Brasil tenha em médio prazo mais de três milhões de sócios-torcedores que poderão gerar uma receita de R$ 1,4 bilhão”, acredita Pulcinelli. Com aumento na renda, os clubes poderão dar um retorno positivo também em campo, com contratações de peso e maiores investimentos em estrutura, como prevê Pulcinelli. “O Brasil certamente terá o melhor campeonato do mundo, com equipes fortes e com condições de até mesmo competindo com os clubes europeus.”

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