O comércio continuou enfrentando diversas dificuldades por conta da situação econômica do Brasil. Ainda assim, os resultados conseguiram ser melhores do que 2015. Por exemplo, o Dia dos Namorados teve crescimento de 16% neste ano, comparando com o ano anterior. Já no Dia das Mães, o aumento foi de 8%. Não por menos, a expectativa para o Black Friday chega a ser maior do que nas outras edições, uma vez que não só os lojistas estão na esperança de conseguirem obter melhores resultados. Como também os clientes, que desejam comprar aqueles produtos que há muito estavam na sua lista de desejos. “Em 2015, a data registrou um faturamento de 1,6 bilhões de reais, aumento de 38% frente ao ano anterior. Portanto, a expectativa é que será, com certeza, a maior Black Friday no Brasil”, acredita Tarik Lemes, CEO do Melhor Embarque.
Mas, a promessa de que este ano o evento assuma grandes proporções não é somente pela crise financeira do País. O próprio mercado vem se desenvolvendo a cada edição, tornando as ações muito mais confiáveis para o público. Tanto que, para Lemes, aquela ideia de “Black Fraude” já não existe desde os dois últimos anos. “Agora podemos avaliar que é o início do ciclo de ‘alta temporada’ de compras no Brasil: o Black Friday, seguido das compras de final de ano e dos saldões do início do ano representam um momento importante de resultados”.
E se a data passou por esse crescimento, na visão do executivo, muito tem a ver com a preocupação das empresas pela credibilidade de suas marcas. O que, para ele, é o ponto crucial para se conquistar os consumidores no período. “Acredito que é uma excelente oportunidade para novas marcas, novas empresas e e-commerces se mostrarem como soluções para o mercado, principalmente aqui que o preço é o que faz a diferença”, diz. Aliás, fazer com que a pessoa confie na loja, nas ações criadas e deseje realizar a compra é tão importante quanto criar promoções reais, gerenciar o estoque e preocupar-se com a entrega. “Confesso que estou curioso para viver essa oportunidade agora, em 2016, talvez a novidade seja que estamos em um ano ‘diferente’. Entendo que há chances de haver descontos reais, ou seja, preços que não foram inchados nos últimos dois meses com descontos aplicados efetivamente sobre os preços que acompanhamos ao longo do ano.”