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Fora do ritmo disruptivo

Pesquisa da KPMG, realizada com 580 executivos de empresas de telecomunicações de 16 países, incluindo Brasil, aponta que 54% dos participantes acreditam que suas empresas somente invistam em tecnologias comprovadas, o que faz com elas sejam deixadas para trás por suas concorrentes. Outros 36% alegam que se deram conta da tendência tecnológica tarde demais e 69% acreditam que as tecnologias disruptivas estejam trazendo concorrentes de outros setores.
O levantamento também aponta que apenas 11% acreditam que suas organizações tenham uma estratégia e uma missão claras que incluem tecnologias disruptivas e somente 23% afirmam que suas empresas estejam bem preparadas em termos de uma visão estratégica para essas tecnologias. Além disso, 80% estão preocupados com o fato de não serem capazes de aproveitar oportunidades em áreas-chave, como a área de serviços Over-The-Top (OTT).
Diante disso, 79% dos participantes estão preocupados com o fato de suas organizações serem vistas como “um grande depósito de bits de informação” e serem tratadas como players de commodities. “As empresas de telecomunicações podem estar habituadas com mudanças, mas o ritmo acelerado da disrupção é algo que elas nunca vivenciaram. No entanto, os executivos estão empolgados em relação ao potencial das tecnologias disruptivas, que podem ser utilizadas para aprimorar tanto os modelos de negócio como as operações”, analisa o sócio da KPMG no Brasil, Luiz Viotti.
TECNOLOGIA APLICADAS
A pesquisa constatou que as empresas de telecomunicações estão utilizando tecnologias disruptivas para aprimorar o modo como atendem seus clientes e prestam suporte à eficiência operacional.  Mais de 70% dizem que utilizam Data & Analytics (D&A), tecnologias móveis, computação em nuvem, mídias sociais, Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), plataformas de marketing, pagamentos digitais e inteligência artificial (IA). “Apesar de terem informações de milhões de clientes, muitas empresas de telecomunicações não estão conseguindo tirar o máximo proveito desses dados para oferecer uma experiência intensificada ao cliente,” comenta Viotti.
Do ponto de vista operacional, quando investem em tecnologias disruptivas, a prioridade número um dos líderes de telecomunicações é aumentar a produtividade em suas organizações.  A IoT (54%), as tecnologias vestíveis (52%) e a moeda e os pagamentos digitais (50%) são vistos como os que causam o maior impacto, seguidos por D&A, considerada a ferramenta mais eficaz para melhorar a qualidade.
Quando se trata de como aplicar essas tecnologias, 43% alegam que suas organizações possuem as habilidades e os profissionais necessários para combater os efeitos negativos das tecnologias disruptivas. Já 46% dizem que planejam contratar novos talentos com a finalidade específica de ajudar na implementação dessas tecnologias.  “Muitas empresas estão enfrentando dificuldades por pensarem somente de forma tradicional e ainda precisam passar por uma mudança cultural para conseguir aderir às novas tecnologias disruptivas. Para competir de modo eficaz e ser ágil e flexível, a empresa de telecomunicações do futuro precisa ter arquitetos digitais e cientistas e desenvolvedores de dados. Muitas empresas ainda têm muito trabalho pela frente se quiserem alcançar essa posição”, afirma o sócio da KPMG.

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