Google no topo

Inovação contínua, aumento da receita de publicidade e o crescimento do negócios em nuvem ajudou ao Google recuperar da Apple a primeira posição no ranking BrandZ Top 100 marcas globais mais valiosas 2016, divulgado hoje pela WPP e a Millward Brown. O valor da marca cresceu 32% e atingiu US$ 229 bilhões, enquanto a Apple, vencedora no ano passado, caiu para a 2ª posição, com uma queda de 8% e US$ 228 bilhões. A Microsoft permanece em terceiro, com um crescimento de 5% e atingiu US$ 122 bilhões de dólares.
Duas marcas ícones, Marlboro e Coca Cola, deixaram o Top 10 pela primeira vez desde 2006, desbancadas pelo Facebook (5º lugar, + 44%) e Amazon (7º lugar, + 59%) que integram o Top 10 pela primeira vez. Desde sua entrada no ranking, em 2011, o Facebook aumentou seu valor de marca em 246%. Já a Amazon tem mantido um crescimento constante, como resultado de uma transformação global e a experiência multicanal.
“A queda de ícones do Top 10 que observamos esse ano é uma mudança de paradigma que as marcas não podem ignorar: a existência de um consumidor cada vez mais preocupado com seu bem-estar. Daí surge a importância das marcas promoverem inovações disruptivas que as permitam satisfazer a necessidade que os consumidores possuem de cuidar mais de sua mente e corpo”, comenta Gabriel Castellanos, CEO da Kantar Consumer Insights na América Latina. Vale destacar que nos últimos 11 anos o valor das marcas incluídas no BrandZ  Top 100 cresceu 132%, atingindo um total de US $ 3,4 bilhões, 3% a mais do que em 2015.
Entre as principais constatações que se pode ter do estudo, uma delas é que a tecnologia está avançando na importância para as pessoas. Uma prova está no fato de que um terço do valor das marcas dentro do ranking vem dessa área. Por outro lado, cerveja foi a categoria que mais cresceu – uma média de 44,3%, se comparado com 2015. Seguida das seguradoras (32,5%), varejo (17,9%), entretenimento (14%) e fast food (14%).
Já vestuário foi o grupo que mais cresceu, subindo 14% para US$ 114 bi. Há uma ênfase no alto desempenho, com marcas como a Nike (+ 26%) lançando linhas Premium especializadas, incorporando tecnologias como monitores cardíacos em suas roupas. Bem como se revelou que há fortes ligações emocionais impulsionando marcas locais. Com uma compreensão mais clara das necessidades dos seus consumidores, marcas locais estão ganhando market share e, com melhores operações e estratégias de marketing. A Huawei (50º, + 22%), da China, por exemplo, globalizou-se e conquistou market share de Apple e Samsung.
Para Eduardo Tomiya, diretor-geral da Kantar Vermeer, “a importância de marcas de tecnologia é evidente, uma vez que novamente elas estão entre as mais valiosas em 2016, mas o sucesso futuro dependerá de sua capacidade de se encaixar no cotidiano dos consumidores. O desafio é oferecer uma experiência real para seus clientes. Seja através da construção de proximidade, onipresença e customização. Seja adquirindo um papel ativo nas categorias tradicionais”.
Veja o ranking das 10 primeiras marcas mais valiosas em 2016:
1.  Google
2. Apple
3. Microsoft
4. AT&T
5. Facebook
6. Visa
7. Amazon
8. Verizon
9. McDonald’s
10. IBM

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