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Habitação é o que mais pesa no bolso



Engana-se quem pensa que, no Brasil, são os ricos os que mais gastam dinheiro e que o item número um das despesas das famílias é a alimentação. Diariamente, as famílias brasileiras desembolsam cerca de R$ 2,6 bilhões. A classe B gasta cerca de R$ 733,9 milhões, enquanto que a classe A desembolsa R$ 604,4 milhões. Habitação, alimentação, saúde, vestuário e impostos são, nesta ordem, os principais gastos. É interessante observar ainda que o brasileiro gasta por dia mais com impostos (R$ 152,8 milhões) do que com itens essenciais como educação (R$ 111,9 milhões).

 

As informações constam de estudo realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), e refletem valores de 2007. O objetivo foi mapear o gasto diário das famílias e, assim, concluir o que mais pesa no bolso do brasileiro. A resposta foi habitação, R$ 1,018 bilhão por dia, com exceção das famílias de classe E do Norte e Nordeste que desembolsam mais com alimentação (R$ 6,1 milhões e R$ 23,8 milhões, respectivamente) o que supera inclusive as do Sudeste (R$ 18,8 milhões).

 

Uma vez observados os itens e as divisões por renda, verifica-se que a má distribuição persiste no país, já que os gastos com itens essenciais representam valores expressivos de quem ganha até dois salários mínimos. No Brasil, as famílias das classes D e E gastam mais com recreação (R$ 7,7 milhões e R$ 1,8 milhões, respectivamente) do que com educação (R$ 7,3 milhões e R$ 1,6 milhões, respectivamente). Por outro lado, as classes B, C e D gastam mais em vestuário (R$ 45,1 milhões, R$ 36 milhões e R$ 34,8 milhões, respectivamente) do que a classe A (R$ 29,7 milhões). No entanto, as despesas da classe A com Vestuário são quase o dobro do que a classe E gasta com Saúde, Educação e Cuidados Pessoais, que somados totalizam R$ 16,1 milhões.

 

Os brasileiros que pertencem à classe A desembolsam diariamente R$ 80,2 milhões com impostos, o que equivale, aproximadamente, ao total do que as famílias brasileiras gastam com transporte (R$ 81,6 milhões) e ao que a classe B destina à assistência à saúde (R$ 55,7 milhões) e ao item energia elétrica (R$ 21,1 milhões) – grupo habitação-, ou seja, R$ 76,8 milhões. Os gastos diários com serviços bancários da classe A – R$ 9,6 milhões – superam as despesas da classe E com saúde: R$ 9,3 milhões. As classes A e D, embora apresentem muitos antagonismos em suas despesas, têm em comum o gasto médio diário com telefone fixo, que pertence ao item habitação. Os que pertencem à classe A gastam cerca de R$ 11,4 milhões e a classe D um montante de R$ 11,2 milhões.

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