O crescimento de 2,8% da produção industrial ao longo de 2006 não é um resultado ruim, na avaliação da gerente de Análises e Estatísticas Derivadas do IBGE, Isabella Nunes, em matéria da Agência Brasil. Apesar de ter sido menor que os 3,1% obtidos em 2005, Isabella destaca dois sinais positivos da pesquisa. São o maior número de setores que tiveram crescimento e a alta dos bens de capital – equipamentos que servem para aumentar a produção. Em 2006, 54,6% dos produtos pesquisados registraram alta de produção. Em 2005, 49,7% apresentaram crescimento. O resultado, segundo a pesquisadora, mostra “uma qualidade de crescimento na medida em que a gente tem uma dispersão de crescimento entre setores e produtos”.
A pesquisa apontou também os bens de capital e de consumo duráveis como os que mais contribuíram para o aumento. Segundo a economista, isso aponta para um um bom cenário em 2007. “O fechamento do ano mostra um crescimento maior de bens de capital (máquinas e equipamentos), principalmente ligados à informática. Mas também daquela produção de máquinas que vão permanecer na industria. E ainda de segmentos ligados a bens duráveis, que desde o ano passado já havia um perfil de crescimento acima da média da industria”, garantiu.
Isabella Nunes disse ainda que o setor de informática, máquinas e escritório, apesar de ter pouco peso (0,8%) foi o que contribuiu com maior impacto para o resultado do ano, “principalmente com os computadores, devido ao desenvolvimento de programas governamentais e ao aumento de linhas de crédito ao consumidor”.