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Inovações tecnológicas para acesso de deficientes


Não é só o perigo que ronda a Internet! Claro que alguns cuidados devem ser tomados para não se cair nas armadilhas de pessoas mal intencionadas, tais como evitar o acesso a sites desconhecidos que solicitam dados pessoais; não enviar dados confidenciais por e-mail, chat ou sistemas de instant Messenger; instalar um bom antivírus e mantê-lo atualizado, e ter algum anti-spyware para eliminar rastreadores de dados em seu computador. Tomados os devidos cuidados, a navegação torna-se tranqüila e segura. Inclusive para pessoas com necessidades especiais. A cada dia, tornam-se mais comuns sites preparados especialmente para navegação de pessoas com algum tipo de deficiência.

Os softwares de acessibilidade aos ambientes digitais para deficientes visuais utilizam ampliadores de tela para aqueles com perda parcial da visão, e recursos de áudio, teclado e impressora em braille para aqueles que perderam a visão por completo.

Os sistemas para deficientes visuais mais utilizados no Brasil são:

– Dosvox: sistema operacional para microcomputadores da linha PC (Personal Computer – Computador Pessoal) que se comunica com o usuário por meio de síntese de voz viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais. O sistema “conversa” com o deficiente, em português.

– Virtual Vision: aplicação da tecnologia de síntese de voz, um “leitor de telas” capaz de informar aos usuários quais controles (botão, lista, menu…) estão ativos em determinado momento. Produzido pela MicroPower, o programa possibilita que os deficientes naveguem na Internet por meio de comandos de voz e usem os principais aplicativos do PC, como processador de textos, planilhas e recursos de apresentação.

– Jaws para Windows: leitor de telas que permite o acesso de pessoas cegas ou amblíopes ao computador. Com o sistema, qualquer usuário deficiente visual pode trabalhar tão ou mais rapidamente do que uma pessoa com a visão normal, utilizando teclas de atalho.

Para que o deficiente visual tenha acesso integral aos sites, é necessário que os desenvolvedores incluam alguns textos explicativos nas imagens e figuras, para que estes programas possam cumprir sua função. Com estas pequenas alterações, que não implicam em custos financeiros adicionais, o deficiente visual passa a ter suas oportunidades de inclusão na Internet, abrindo portas para o acesso à informação, pesquisa, educação e entretenimento. A Internet é uma opção a mais para a grande maioria das pessoas. Porém, para o deficiente visual pode ser o único meio de ler jornais, consultar extratos bancários, fazer pesquisas, comunicar-se com quem não conhece o método Braille (sistema de leitura e escrita tátil), etc.

Grandes instituições financeiras já estão adaptando os websites, com a utilização do Virtual Vision para o deficiente visual poder operar o computador e interagir com o site por meio da Internet, fazendo consultas, transações, transferências e pagamentos de contas. Alguns bancos disponibilizam gratuitamente o Virtual Vision para todos os que solicitarem (correntistas ou não). Para usar a ferramenta, o deficiente precisa ter um computador com recursos multimídia.

A IBM participa da inclusão digital dos deficientes visuais por meio do projeto “Abrindo os Olhos”, em parceria com o Centro Cultural São Paulo. O programa, voltado para a inclusão digital e social de deficientes visuais, contou com a criação da primeira sala de informática da Biblioteca Braille com acesso à Internet e a melhoria dos equipamentos de editoração, hoje com 5.628 títulos em braile e 18.841 volumes. O software doado pela empresa auxilia a quem tem problemas visuais com a utilização de fones de ouvido individuais. Uma voz feminina narra o link que a pessoa está navegando na Internet e uma voz masculina avisa sobre os comandos.

Outra inovação do mercado tecnológico foi o lançamento do serviço Video Relay (VRS), pela empresa americana AT&T. O VRS oferece mais uma alternativa aos portadores de deficiência auditiva em vários graus para se comunicarem com quem pode ouvir. Usando um PC, uma webcam e uma conexão de Internet de alta velocidade, o deficiente auditivo conversa na linguagem de sinais com um intérprete. O intérprete traduz a mensagem ao ouvinte do outro lado da linha. O serviço é oferecido gratuitamente em todas as regiões dos Estados Unidos.

O objetivo destas inovações tecnológicas é a construção de uma cultura de respeito às diferenças, que garante aos indivíduos, independentemente de credo, raça, condição social ou física, a igualdade de oportunidades.

Franklin Portela Correia é coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Administração e Desenvolvimento para Internet, da Faculdade Módulo.

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