As empresas vivem uma fase em que é preciso acompanhar as tendências da tecnologia para poder criar um relacionamento como seu cliente, e as ações que envolvem mobile crescem cada vez mais. Isso pode ser explicado pelos dados do Ibope, em que 52 milhões de pessoas acessam a internet no celular, sendo 20 milhões via smartphones. Dentro dessa realidade, os aplicativos para celulares se mostram um bom caminho para que as marcas estabeleçam uma troca de informações com o consumidor. “Os aplicativos de celular são uma ótima forma de criar esta experiência. Eles podem ser conteúdo, entretenimento e ainda serviço com um grande atributo: saber onde e quando a pessoa está para ser mais próximo e personalizado na comunicação. Uma vez que o público está migrando para plataformas móveis, as marcas têm que estarem lá”, afirma Vitor Elman, sócio e diretor de engajamento da agência Cappuccino.
Mas é preciso ter uma estratégia muito bem traçada para o lançamento de um aplicativo, segundo Elman. “Ele deve fazer parte de algo maior e não apenas uma ação isolada. Sem um plano de mídia para gerar visibilidade, um aplicativo cai no meio de milhões de outros e acaba sumindo. Além disso, deve ser integrado com todos os pontos de contato da marca. É preciso que toda a comunicação esteja em sinergia”, alerta. O diretor explica que um aplicativo pode ter vários formatos. Pode ser uma brincadeira, um jogo, um serviço que auxilie na vida do consumidor e crie um vínculo com a marca, e até integração com e-commerce. “Mas também pode ser apenas um mote, um tema para uma campanha maior que envolva outras plataformas como vídeo gerando awareness e traduzindo o conceito da marca”, complementa.
Um exemplo de app, desenvolvido pela Capuccino, é o “Desafie-se”, criado para o polivitamínico Pharmaton. “Ele traz um novo conceito de corrida de rua, uma prova virtual que pode ser disputada a qualquer momento de qualquer lugar (na rua ou até na esteira) com milhares de outros corredores do Brasil e do mundo”, conta. O aplicativo faz parte da campanha Desafio Pharmaton e fez com que a marca gerasse relacionamento não só com mais de 350 mil fãs no Facebook, mas com qualquer pessoa que goste de correr por meio de uma divulgação integrada no on-line e também em academias, estimulando as pessoas a baixarem o aplicativo e já participarem da prova ali mesmo, segundo o diretor.
Além de aproximar os clientes das marcas, os aplicativos servem como estratégia para as empresas, como o acesso a dados do usuário para auxiliar em futuras ações de marketing. Segundo Elman, é possível rastrear informações como horários em que utilizam o aplicativo, além de diversos outros insights que dependem de como o aplicativo foi pensado e quais ‘aberturas’ para informações do usuário foram utilizadas. “Para isso, é preciso um planejamento anterior para definir quais seus objetivos com o aplicativo. Se o usuário tiver integração com uma rede social como o Facebook, por exemplo, você pode pedir ao usuário que compartilhe suas informações da rede, fornecendo assim informações como região em que mora, interesses e até acesso a sua rede de amigos”, explica. O diretor da Cappuccino acrescenta que é preciso definir processos de como toda essa informação será avaliada além de métricas de sucesso para ação, de acordo com seus objetivos. “Vale lembrar que, quando falamos de informação, o que importa é qualidade, mais do que quantidade”, conclui.