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Melhores para o mundo, e não do mundo

Por mais que a modernização e o desenvolvimento tragam benefícios às nossas vidas, por conta das tantas tecnologias criadas e da maior praticidade, não se pode negar que entre as desvantagens estão os problemas socioambientais. Desde a maior geração de lixo, escassez dos recursos hídricos, desigualdade social, grupos sociais vivendo em condições insalubres, pior qualidade de vida, aumento da poluição, entre outros fatores negativos que encaramos todos os dias. Preocupados com esse mundo de hoje e aquele que vai ser deixado para o futuro, é crescente o número de pessoas que investem seu tempo em práticas sociais, mudando o hábito de vida para uma opção mais saudável e, inclusive, transformando as formas de consumo. Fruto dessa mudança de consciência, as empresas também passaram a analisar melhor o seu comportamento e vêm procurando por ações, criando e participando de projetos em que possam fazer a diferença não apenas no dia a dia de seus clientes, mas de todos ao seu redor.
Como explica Pedro Sirgado, diretor executivo do Instituto EDP, IEDP, assim como existem as empresas e pessoas que apenas visam o lucro, há aqueles que querem se sentir motivados, melhorar a forma que vivem e ajudar aos outros. “Eu gostaria de acordar todas as manhãs e ir para meu trabalho com o propósito e a motivação de contribuir para um mundo melhor e, além disso, receber um salário justo. Acredito que a mesma lógica pode ser aplicada às empresas que, com objetivos maiores, ao mesmo tempo, geram o indispensável lucro que sustenta e assegura sua existência.”
Ou seja, mais do que serem as melhores do mundo, essas companhias desejam serem as melhores para o mundo. Tais empresas do bem, também podendo ser chamadas de “Empresas B” ou “Capitalismo Consciente” são, entretanto, uma tendência no mundo ainda, com uma expressão pequena, se comparada à quantidade de negócios existentes. Junto ao fato de procurarem por boas ações, as empresas do bem ainda contam com mais um lado positivo: a chance de poderem estreitar os laços com o cliente e fidelizar novos consumidores. “A tendência, em um mundo onde os recursos estão cada vez mais escassos e os efeitos das alterações climáticas são mais evidentes, será dos consumidores exigirem uma atuação ainda mais responsável das empresas. Além disso, a velocidade com que a informação circula e o maior conhecimento das pessoas tendem a reforçar sua exigência e intolerância às práticas menos corretas”, afirma Sirgado.
Porém, ao mesmo tempo em que é importante a empresa comunicar as ações que possui, é preciso ter cuidado na maneira como ela expõe suas atitudes. O essencial é passar à sociedade a verdade com o que fazem. “É ou não uma atuação verdadeira e genuína? Se não for, isso será descoberto mais cedo ou mais tarde”, adiciona o executivo. Caso não seja, a imagem da empresa fica comprometida e a relação com o cliente abalada, pois ele pode achar que a companhia possa estar mentindo sobre suas atitudes, apenas para parecer algo que não é. Quando a empresa é verdadeira, a relação com os clientes será mais próxima e efetiva. “Se o consumidor perceber que faz parte de algo maior ao adquirir um produto/serviço da marca.”
Na EDP Brasil, a criação do Instituto foi importante para a melhor compreensão do assunto e as ações resultantes. “As empresas que compõem a EDP Brasil tinham já práticas de responsabilidade social e preservação ambiental e, então, o IEDP trouxe uma dinâmica mais assertiva e sistematizada para as iniciativas”, conta Sirgado. De acordo com ele, a entidade promove diferentes projetos, cujo foco é a educação, geração de renda local e combate ao câncer infantil. “Junto às comunidades, aprendemos ouvir e a identificar suas necessidades, seus anseios e expectativas, e percebemos que as soluções para os problemas sociais não podem ser desenhadas nas sedes corporativas”. Ao final, é um processo mútuo de bem-estar e ajuda, enquanto a empresa utiliza seu conhecimento nos projetos, eles recebem muito aprendizado das famílias que tem contato. “Ver uma família viver, muitas vezes com alegria e em contextos tão adversos, lidando com problemas tão complexos, pode ser um grande ensinamento para a vida pessoal e para as organizações.”

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