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Mudanças nos carrinho de supermercado

Com a renda crescendo menos do que o que ocorria nos últimos anos e com a confiança em baixa, por conta de prognósticos ruins para o médio prazo, os consumidores se tornassem mais conservadores. Assim, carrinhos com novas marcas ou com menos produtos já são comuns nos supermercados de São Paulo. É o eu apresenta uma sondagem feita pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S. Paulo), que novamente foi a campo tentar entender como o consumidor tem reagido à evidente retração de consumo.
 
A pesquisa foi feita com 200 consumidores de renda entre 0 e 5 salários mensais, portanto, renda mais baixa. Dos que responderam, mais de 40% não chegou, em nenhum momento, a comprar tudo que desejava nos supermercados. Porém, outra parcela significativa conseguiu durante 1, 5 ou até mais de 10 anos comprar o que queria. As faixas de renda mais baixas têm uma proporção maior, quase 67% de consumidores que nunca compraram tudo o que desejavam. Nas faixas de renda maiores, subsequentemente, essa proporção foi de 40% e 27% respectivamente para renda entre 1 e 3 salários mensais e de 3 a 5 salários.
Por outro lado, foi verificado que na última década há a inclusão de famílias de renda relativamente baixa, que conseguiram comprar tudo ou quase tudo que quiseram. Assim como o comprometimento de renda das famílias de baixa renda com gêneros de primeira necessidade como alimentícios é muito elevado. Não raramente os gastos com produtos básicos atingem mais de 50% do total do orçamento doméstico. Para a grande maioria das famílias (58% dos entrevistados) o comprometimento vai de 20% a 50%, o que indica a importância desse consumo na composição do conforto. 
 
Dentro dos supermercados os itens mais substituídos foram alimentos, com 60,5%. Ajustes de orçamento se dão basicamente nas grandes contas, seja em uma empresa ou em uma família. Sem contar que 51% dos consumidores estão mudando a marca e a quantidade consumida. Trocar de marca parece ser um esforço menor do que deixar de consumir na quantidade desejada, pelo menos para a maioria dos consumidores. O apego às marcas é maior nas rendas mais elevadas. A troca de marcas se dá basicamente tanto por marcas próprias de supermercado ou outras menos conhecidas.  
 
A pesquisa ainda apontou que já se pode esperar um Natal mais magro nos supermercados. Todos indicadores apontam para queda do varejo neste ano, inclusive nas vendas de final de ano. Quase 60% das famílias dizem que vão consumir menos no Natal neste ano, 50,5% irão substituir itens e 64,5% trocarão marcas.
O que se conclui é que haverá uma redução de consumo nos próximos meses, mas é mais intensa a substituição de marcas, o que deve pode afetar as marcas tradicionais e líderes de mercado. O estudo mostra que esse reconhecimento, apesar de existir, é garantia de fidelidade apenas em situações econômicas normais e para faixas de renda elevada. Assim como na crise para a maior parte das famílias o que se privilegia é o consumo, não a embalagem.

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