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Mudar é preciso

Autora: Sandra Maura
Além de co-fundador da Apple e criador do iPhone, Steve Jobs sempre foi conhecido por suas lições e histórias de empreendedorismo. Em uma delas, ele perguntou a um executivo, durante uma entrevista de emprego, “se ele queria continuar a vida inteira vendendo água com açúcar ou queria mudar o mundo”. O que ele provavelmente quisesse dizer é que mudar não seria mais uma questão de escolha.
A tecnologia evidentemente tem um papel central nesse cenário. Conceitos como Computação em Nuvem, Automação e Internet cada vez mais móvel e acessível, entre outros, tornaram os negócios muito mais ágeis e escaláveis. Não por acaso, estudos indicam que a aplicação de recursos inteligentes à Indústria 4.0 pode gerar ganhos de mais de R$ 70 bilhões às empresas do Brasil, sem falar do enorme potencial aberto às companhias de varejo e de prestação de serviços que estão em plena modernização de suas estruturas.
No entanto, a transformação digital não tem imposto apenas uma necessidade de mudança tecnológica. As empresas estão tendo de mudar de forma mais abrangente. Estamos falando, nesse caso, de uma alteração profunda no ritmo dos negócios, revolucionando os modelos de atuação, planejamentos e, principalmente, as formas como as marcas interagem com as pessoas.
Estudos realizados pela MIT Sloan School of Management, uma das faculdades de negócios do Massachusetts Institute of Technology (Estados Unidos), indicam que a transformação da maior parte das empresas que alcançaram o sucesso na Era Digital não foi baseada na parte técnica apenas, mas sim na estratégia e no modo como essas empresas veem o futuro. O levantamento aponta que aproximadamente 80% das companhias digitalmente maduras demonstram ter uma estratégia digital clara e coerente.
Planejar e estar pronto para mudar é essencial. No entanto, também é verdade que a constante busca por novidades tem colocado as empresas diante de uma dinâmica extremamente desafiadora, principalmente no que tange a satisfação de seus clientes.
Vale frisar, que a transformação é uma demanda irreversível do nosso tempo, e que quando vista com atenção, tem tudo para ajudar as companhias a atingirem novos patamares, ampliando o sucesso em suas propostas de valor. Será, por exemplo, que poderíamos gerar Unicórnios (empresas que valem mais de R$ 1 bilhão) seguindo uma receita tradicional? Talvez não.
O desafio está em saber como criar marcas preparadas para lidar com as mudanças que virão. Nesse cenário, não há dúvidas de que engajar pessoas, discutir ideias, manter a colaboração, agir de forma resiliente, adotar tecnologia de última geração e ter um propósito, é a melhor combinação para uma empresa se diferenciar na era digital.
Em uma recente pesquisa do Gartner, por exemplo, executivos admitiram que uma das principais questões para o futuro das organizações é que o uso de informações digitais será mais complexa, assim o investimento em segurança e privacidade de dados deve aumentar. Mais de 80% dos entrevistados neste estudo destacaram que as iniciativas de Big Data e Analytics eram prioridades para suas operações. Isso quer dizer, basicamente, que apesar dos riscos e desafios, especialistas acreditam nos ganhos da inovação digital.
Existem muitas oportunidades que as companhias devem pesquisar. A transformação é algo inevitável, exige maturidade e foco para encontrar o melhor caminho. Afinal de contas, como também disse Jobs, é importante sermos os inventores do amanhã. É hora de avançar e transformar.
Sandra Maura é CEO da Topmind.

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Mudar é preciso

Autor: Rose Russowski
O objetivo de se entender as mudanças no nosso dia a dia diz respeito inicialmente a uma ampliação da consciência do impacto das mudanças na vida das pessoas. No caso dos lideres, isto significa compreender como as mudanças ressoam em cada individuo da sua equipe, ou seja, como elas são recebidas, quais angustias e dúvidas provocam e quais oportunidades trazem.
O que complica essa equação é que uma mudança não espera outra acabar. Na prática, vivemos num momento no qual somos “alvos” de várias mudanças simultâneas e cada uma delas tem seu tempo de amadurecer. Mas, como não deixar que essas mudanças “atropelem” os profissionais e repercutam negativamente na produtividade e no objetivo final que elas devem alcançar?
Primeiro, é preciso entender que a curva de mudança é composta por cinco momentos: expectativa, desapego, desorientação, reavaliação e reengajamento.
Vejamos como a fase inicial de Expectativa se apresenta: sabe aquele momento em que somos informados de que algo vai mudar? Pode ser a mudança de uma chefia, de endereço da empresa ou mesmo a implantação de um novo processo ou sistema. Este é o momento inicial em que sabemos que algo está para ocorrer, mas ainda não sabemos de que forma se dará e o impacto disso na nossa vida ou trabalho. Neste momento somos tomados por medo porque ainda não temos respostas para a principal pergunta relativa a toda e qualquer mudança: essa mudança será boa para mim?
Suponhamos que soubemos que a empresa em que trabalhamos está mudando de lugar e que vamos passar a trabalhar em um novo endereço: Imediatamente somos inundados por dúvidas: será mais perto ou mais longe de minha casa? Será que teremos uma boa opção aonde almoçar? Será que o ponto de ônibus estará próximo ou será que teremos onde estacionar o carro?
Todas as mudanças geram frio na barriga. Além disso, elas desacomodam porque nos tiram de alguma zona de conforto. Por melhor que seja, ela sempre virá acompanhada de algo novo, de algo desconhecido e nestas horas nossa primeira reação é nos apegarmos naquilo que já conhecemos e estamos acostumados. Afinal, a perspectiva do quão severo será o impacto dessas transformações sobre si mesmo e seu trabalho é o que mais assusta.
Em seguida vem a fase do Desapego. Esta essencial para que a mudança realmente aconteça. E, acredite, ela é inevitável e necessária, já que traz renovação, novos ares, novas pessoas para conversarmos, novos pontos de vista para explorarmos.Contudo, para isso não é preciso seguir um caminho doloroso. O líder deve mostrar como desapegar de velhos hábitos e como essa ação pode ser positiva para casa um dos seus colaboradores, dando assim lugar para o novo e conquistas diferenciadas. Para isso, é necessário estabelecer um diálogo claro, transparente e que esclareça o papel de cada um nesse processo de mudança.
Caso contrário, a equipe cairá sem paraquedas na terceira etapa: a Desorientação. Ou seja, sem saber ao certo qual a etapa da transformação deve ser cumprida primeiro devido ao senso de urgência inadequado imposto pelo próprio líder, que muitas vezes se preocupa apenas com os prazos para que a mudança seja implantada e esquecem que a colaboração de todos os funcionários é primordial para a obtenção do sucesso. Nunca se pode subestimar a necessidade que os funcionários têm de conhecer a visão corporativa da empresa.
Uma vez identificado esse cenário, é hora do líder colocar em prática a quarta fase: a Reavaliação. Neste momento, é importante rever o que já foi colocado em prática até agora, quais pontos deram certos e quais necessitam de ajustes para que a mudança seja concluída de maneira satisfatória. Além disso, reforçar a comunicação junto aos colaboradores e quais aspectos precisam da dedicação e atenção deles, afinal a mudança real só acontece com trabalho em equipe. Assim, será possível estabelecer uma aliança de orientação e colaboração que culminará na última etapa: o Reengajamento.
Quando se consegue estabelecer essa aliança de orientação e colaboração forte o suficiente é possível reengajar os colaboradores em prol da mudança proposta. O ser humano é movido pelo retorno que recebe, e quando sente confiança no se líder, tem uma inclinação a aumentar o seu comprometimento e engajamento, inclusive durante a mudança. Além disso, para somar nesse processo, o RH é um forte aliado para garantir que a mudança seja bem comunicada, explicada e discutida, apoiando assim os gestores que lidam diretamente com os colaboradores.
Enfim, a mudança mobiliza, nos convida para a ação, a sair do ponto que estamos e caminhar rumo ao novo. Insistir em permanecer no ponto onde estamos hoje implicará o risco de termos ficado para trás amanhã.
Rose Russowski é diretora da consultoria Lee Hecht Harrison na Região Sul.

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