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Na crise, existe fidelização?

Com a ascensão das classes, em uma época que o Brasil estava em uma situação financeira melhor, os consumidores aumentaram o poder de compra. Agora que o cenário é outro e a economia está abalada, ele não quer deixar de lado seus hábitos de compra e nem sua qualidade de vida. Dessa forma, ele se viu obrigado a mudar a sua forma de consumir. O presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meireles, aponta que ao mesmo tempo em que o público pisa no freio com os gastos, não abre mão de adquirir produtos que considera trazer mais conforto. “A significativa parcela da população que ascendeu de classe nos últimos anos ficou mais otimista por causa das perspectivas projetadas para o futuro e está disposta a investir de forma consciente para não perder o que já conquistou até agora”, comenta.
Como eles temem a situação de voltarem atrás em suas condições financeiras, Meireles analisa que o cliente vem buscando saídas estratégicas. E, se preciso, abre mão da fidelização das empresas. “Na crise, não existe fidelidade com as marcas. Na hora de comprar o brasileiro troca marcas caras por mais baratas, estoca produto quando está em promoção, faz compras coletivas no atacado e divide a conta com o vizinho”, explica. Além disso, esse consumidor, que também não é o mesmo em seu comportamento, pois possui uma gama de informações muito maior à sua disposição e um poder na opinião tão grande quanto, passou ainda a pesquisar muito mais antes de consumir e a reaproveitar seus produtos. “Tudo isso para não fechar o orçamento da família no vermelho.”
Mas, isso não quer dizer que ele não seja fidelizado hoje. Pelo contrário, ele ainda se relaciona sim com as marcas, apesar de seus interesses estarem focados em outros objetivos. Nesse momento, o público tem mostrado maior atração nos negócios que conseguirem passar ânimo e incentivarem a vontade de comprar. Na opinião do executivo, os consumidores querem ver nessas empresas a luz do fim do túnel deste atual cenário. “Os brasileiros buscam no setor privado uma injeção de ânimo para não abrirem mão das suas conquistas e qualidade de vida. Querem empresas parceiras e os players que conseguirem oferecer melhores oportunidades vão sair na frente.”
Sejam as empresas, sejam os próprios clientes, Meireles ressalta que o brasileiro está realmente procurando maneiras de transformar a situação em oportunidade. “Dentro de casa, o cliente faz o seu próprio ajuste fiscal. De um lado, economiza nas contas e faz de tudo para conseguir as melhores ofertas. Do outro, faz renda extra e dobra o turno no trabalho para ganhar mais dinheiro”. Para ele, resiliência e criatividade são as palavras-chave nesse momento. Mas alerta: “a maioria da população está se sentindo órfã das empresas”. É importante que as marcas realmente não os abandonem, pois para o futuro o cliente tenderá a ficar cada vez mais exigente e crítico. Procurando por respostas que atendam suas expectativas e tendo menos compreensão com produtos de qualidade baixa.

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Na crise, existe fidelização?

Com a ascensão das classes, em uma época que o Brasil estava em uma situação financeira melhor, os consumidores aumentaram o poder de compra. Agora que o cenário é outro e a economia está abalada, ele não quer deixar de lado seus hábitos de compra e nem sua qualidade de vida. Dessa forma, ele se viu obrigado a mudar a sua forma de consumir. O presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meireles, aponta que ao mesmo tempo em que o público pisa no freio com os gastos, não abre mão de adquirir produtos que considera trazer mais conforto. “A significativa parcela da população que ascendeu de classe nos últimos anos ficou mais otimista por causa das perspectivas projetadas para o futuro e está disposta a investir de forma consciente para não perder o que já conquistou até agora”, comenta.
 
Como eles temem a situação de voltarem atrás em suas condições financeiras, Meireles analisa que o cliente vem buscando saídas estratégicas. E, se preciso, abre mão da fidelização das empresas. “Na crise, não existe fidelidade com as marcas. Na hora de comprar o brasileiro troca marcas caras por mais baratas, estoca produto quando está em promoção, faz compras coletivas no atacado e divide a conta com o vizinho”, explica. Além disso, esse consumidor, que também não é o mesmo em seu comportamento, pois possui uma gama de informações muito maior à sua disposição e um poder na opinião tão grande quanto, passou ainda a pesquisar muito mais antes de consumir e a reaproveitar seus produtos. “Tudo isso para não fechar o orçamento da família no vermelho.”
Mas, isso não quer dizer que ele não seja fidelizado hoje. Pelo contrário, ele ainda se relaciona sim com as marcas, apesar de seus interesses estarem focados em outros objetivos. Nesse momento, o público tem mostrado maior atração nos negócios que conseguirem passar ânimo e incentivarem a vontade de comprar. Na opinião do executivo, os consumidores querem ver nessas empresas a luz do fim do túnel deste atual cenário. “Os brasileiros buscam no setor privado uma injeção de ânimo para não abrirem mão das suas conquistas e qualidade de vida. Querem empresas parceiras e os players que conseguirem oferecer melhores oportunidades vão sair na frente.”
Sejam as empresas, sejam os próprios clientes, Meireles ressalta que o brasileiro está realmente procurando maneiras de transformar a situação em oportunidade. “Dentro de casa, o cliente faz o seu próprio ajuste fiscal. De um lado, economiza nas contas e faz de tudo para conseguir as melhores ofertas. Do outro, faz renda extra e dobra o turno no trabalho para ganhar mais dinheiro”. Para ele, resiliência e criatividade são as palavras-chave nesse momento. Mas alerta: “a maioria da população está se sentindo órfã das empresas”. É importante que as marcas realmente não os abandonem, pois para o futuro o cliente tenderá a ficar cada vez mais exigente e crítico. Procurando por respostas que atendam suas expectativas e tendo menos compreensão com produtos de qualidade baixa.

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