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Novembro otimista

A confiança do consumidor brasileiro subiu cinco pontos em novembro, marcando 153 pontos – em outubro foram registrados 148 pontos, como aponta o Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo. Em novembro de 2013, eram 147 pontos e, há dois anos, 161 pontos. “Essa alta pode ser explicada por um fenômeno sazonal: o 13º salário, que anima o consumidor. Precisamos lembrar que essa é uma fotografia do momento. O aumento da confiança não pode ser projetado para os próximos meses, já que em dezembro os juros subiram e há perspectiva de mais altas. Mas o INC de novembro não deixa de ser um resultado favorável”, ressalta Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).   
O crescimento do INC em novembro também foi puxado pelas classes sociais C, D e E, que podem estar mais otimistas por conta dos resultados das eleições presidenciais. Na classe C, o Índice Nacional de Confiança marcou 164 pontos em novembro, sobre 156 em outubro. Na classe DE, ficou em 146 pontos contra 137 no mês anterior.  
Na contramão, na classe AB a confiança caiu, marcando 127 pontos em novembro e 130 em outubro.   
Dos entrevistados, 33% disseram que estavam à vontade para comprar um item de maior valor, como casa ou carro. Os menos à vontade também eram 33%. Ainda assim, este é um dado positivo, pois nos últimos meses era maior a parcela dos que estavam menos à vontade (outubro: 31% mais à vontade e 36% menos à vontade; setembro: 30% mais à vontade e 42% menos à vontade; agosto: 30% mais à vontade e 43% menos à vontade). Para o Instituto de Economia da ACSP, responsável pelo INC, esse empate pode ser positivo para o setor de automóveis, assim como o 13º salário, que pode ser usado para dar entrada na compra de um carro. A retirada do IPI, a partir de 2015, também pode justificar boas perspectivas para a área automobilística em dezembro, já que o consumidor poderá antecipar a compra ao invés de deixar para o ano que vem. 
A confiança na maior parte das regiões brasileiras praticamente se nivelou à média nacional. O cenário difere dos últimos meses, quando houve variações entre as regiões por conta dos períodos de estiagem. No grupo de regiões Norte/Centro-Oeste, o INC ficou em 151 pontos em novembro contra 156 em outubro. No Sul, foram 158 pontos em novembro sobre 166. No Sudeste, foram marcados 152 pontos contra 148 em outubro. Por fim, no Nordeste, foram 152 pontos contra 138 em outubro. 
Nas capitais o INC foi de 147 pontos em novembro ante 143 em outubro e, nas Regiões Metropolitanas, 147 pontos contra 142. Já no interior, o INC ficou em 157 pontos contra 153 em outubro. Os dados mostram que estão estabilizadas as parcelas de consumidores brasileiros que julgam boas suas situações financeiras atual e futura, na comparação com outubro. 
A margem de erro do INC é de 3 pontos percentuais. A pesquisa, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, é baseada em entrevistas feitas entre os dias 14 e 30 de novembro de 2014 em todo o Brasil.

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