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Novo consumidor, novas vitrines



Autor: Fábio Magalhães da Costa

 

Quem nunca teve a certeza de encontrar alguma informação pelo Google? A resposta da maioria das pessoas certamente será sim. Pois bem. Hoje é notável a capacidade da internet de prover e oferecer novas possibilidades ao usuário, para que ele tenha acesso a todos os tipos de informações, serviços e produtos.

 

Acompanha esta tendência o notável progresso da nova classe média brasileira – consumidores emergentes em diversos tipos de mercados que até então estavam esquecidos por muitas empresas. Esta mudança de comportamento deve-se a vários desdobramentos sócio-econômicos e culturais da atual realidade brasileira. Nasce daí um novo consumidor da classe C, bem informado, articulado, que rompe com paradigmas do passado e exige uma comunicação mais direcionada e objetiva.

 

Ao mesmo tempo, o Brasil chega a quase 24 milhões de usuários de internet residencial. Um recorde desde que este índice começou a ser medido pelo Ibope. Somando-se todos estes fatores, podemos perceber a aparição de um novo nicho de mercado a ser explorado. Todos estes novos usuários, pertencentes à classe C, são também novos consumidores dispostos a descobrir as facilidades do e-commerce.

 

O novo momento do comércio, que se destaca por ofertas de produtos quase infinitas, preços geralmente atraentes e formas de pagamento que encantam os olhos de quem “clica” – foi impulsionado por diversos fatores, como programas de inclusão digital, investimento de informática em escolas públicas, barateamento de banda larga, aumento do índice de trabalhadores formais e, principalmente, acesso ao crédito pessoal. Este último aumentou também a venda de computadores domiciliares ao público de baixa renda, popularizando o comércio eletrônico.

 

O grande problema para as lojas virtuais já existentes é que elas foram concebidas com foco nas classes A e B, ou seja, usam linguagem e produtos que muitas vezes não preenchem as necessidades destes novos compradores. Embora tais mercadorias sejam objetos de desejo desta classe C, a apresentação e os mecanismos de busca devem ser mais adequados para atingir este público. Baseado neste raciocínio, o varejo está reestruturando suas diretrizes e investe no meio eletrônico para aproximar suas marcas, produtos e serviços do público popular.

 

De modo geral, o perfil predominante do consumidor brasileiro de internet ainda é caracterizado por 75% com nível de escolaridade superior (considerando incompleto, completo e pós-graduado), de 25 a 49 anos e igual distribuição entre homens e mulheres. No entanto, é notável este movimento de popularização do segmento – a participação das classes com renda familiar até R$ 3 mil nas vendas pela web já representa 35%.

 

As projeções do e-commerce no Brasil são crescentes e muito positivas quanto à entrada de novos investimentos e negócios para internet. Mesmo com as turbulências decorrentes da conjuntura global, esta é a oportunidade certa para abrir outros canais de vendas, já vislumbrando o futuro do mercado varejista.

 

Fábio Magalhães da Costa é gestor de marketing da Rapi10.

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