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Novos e-consumidores são da classe C

Atualmente, o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de usuários de internet no mundo, atrás apenas de China, Estados, Unidos, Japão e Índia. O comércio eletrônico se confirma como um dos sólidos pilares do varejo no País e o crescimento do setor nos últimos anos se mostrou sem precedentes. Entre os anos de 2001 e 2009 o e-commerce teve expansão de 2080% ante 293% do comércio tradicional. Estima-se que em 2011, o comércio eletrônico deve faturar R$ 18,7 bilhões, sem contabilizar a movimentação das compras coletivas. Para debater a evolução desse mercado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), realizou na manhã desta quinta-feira (25), o seminário “E-Commerce – Oportunidades e Tendências para o Mercado Brasileiro”, que contou com a presença de especialistas e empresários do setor.
O presidente do Conselho de T.I. da Fecomercio para assuntos de e-commerce, Pedro Guasti, ressalta o bom desempenho de um importante nicho desse mercado. “Neste ano, quatro milhões de pessoas fizeram a primeira compra on-line, sendo que 61% pertencem a classe C”, revela. A expansão dos ´e-consumidores´ continua sua forte trajetória ascendente no Brasil, apenas no intervalo entre os anos de 2007 e 2010, o número de compradores virtuais saltou de 9,5 milhões para 23 milhões, sendo que a expectativa para este ano é atingir 32 milhões de clientes virtuais.
Outra atividade que colaborou para a impulsão das transações virtuais no Brasil foram as compras coletivas. O primeiro site do segmento iniciou as atividades no País em março de 2010 e menos de um ano e meio após a chegada do serviço, os resultados foram surpreendentes. “Em agosto do ano passado, o mercado vendia mais ou menos R$ 4 milhões. Em novembro, vendeu R$ 42 milhões e no mês passado R$ 108 milhões”, revela o presidente do ClickOn, Marcelo Macedo. 
Da mesma maneira que o segmento de compras coletivas enfrentou o ´boom´, centenas de empresas encerraram suas atividades em poucos meses. “A barreira de entrada para criar um site é muito baixa, mas se manter no mercado é complicado”, explica o sócio do Clube do Desconto, Ivan Martinho. “Em meio a milhares de páginas, é preciso ganhar um lugar ao sol, ou seja, quando os resultados não aparecem se faz necessário investir em marketing e funcionários”, completa. O presidente do Conselho de T.I. da Fecomercio, para assuntos de segurança digital, Renato Opice Blum, explana que a legislação brasileira não acompanha a velocidade das mudanças da internet com a chegada de novos serviços para punir as más práticas. “Já existem inúmeros casos de concorrência desleal, em que uma empresa faz reviews falsos de produtos somente para deturpar as outras marcas”, conta.
A rápida expansão das redes sociais no Brasil tornou a maior parte dos consumidores mais cautelosa antes de tomar uma decisão de compra e, sobretudo, mais ativa a reclamar quando se sente lesada. “As empresas devem interagir com o consumidor pela internet como em uma venda tradicional”, orienta a gerente de e-commerce da Posthaus, Taisa Adriana Cardoso Bornhofen. “No social commerce temos que ´quebrar´ essa barreira virtual para nos aproximarmos dos clientes”, completa.

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