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O custo do spread bancário



Uma quantia equivalente a duas vezes e meia o orçamento do Ministério da Saúde em 2008 ou 289.154.247 vezes o salário mínimo. Este é custo para a sociedade brasileira do chamado spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos para os clientes). Segundo estudo inédito feito pela Fecomercio, as pessoas físicas e jurídicas pagaram no ano passado R$ 134,5 bilhões em spread, sendo R$ 85.400 bilhões e R$ 49.100 bilhões respectivamente.

 

“Estes recursos poderiam ter sido direcionados para fomentar a produção e o consumo. Esse valor representa quase 20% do volume de vendas no comércio brasileiro em 2008”, diz Abram Szajman, presidente da Fecomercio. Para ele, o spread deveria ser reduzido em, pelo menos, 25%. “Acreditamos que esta diminuição seria factível, com o empenho conjunto de bancos e governo. Cada um responderia por 12,5%”, completa.

 

Pela proposta da entidade, os custos administrativos que compõem o spread poderiam cair de 13% para 7%; o compulsório seria mantido no nível atual de 3%; os impostos de 20% para 10%; a taxa de risco de 37% para 35% e o lucro de 27% para 20%. “O governo federal deveria se empenhar mais, reduzindo tributos. Já os bancos deveriam mostrar que estão participando do novo desenvolvimento do Brasil que desejamos. Não estamos fazendo críticas a estes dois segmentos, mas contribuindo com o País. Em um cenário de queda de 25% do spread, todos ganhariam”, declara Szajman.

 

Conforme levantamento da Fecomercio, a economia gerada pelas reduções sugeridas seria de R$ 33,2 bilhões – 5% de todo faturamento varejista. Este valor elevaria o nível de atividade econômica em um cenário de crise mundial e de retração da atividade econômica.

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