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O desafio da integração

Hoje, muitas empresas estão investindo pesadamente em tecnologias, tais como: relacionamento com clientes, comércio eletrônico, administração da cadeia de suprimentos, business inteligence e soluções congêneres. O objetivo comum é obter o máximo de valor com e para os clientes, além de reduzir despesas operacionais e traduzir o investimento em ganhos de agilidade e em competitividade.

Desde que nenhum provedor de solução (Hardware, Software, serviços, etc.) é capaz de uma oferta tão abrangente, para tantos e tão específicos segmentos, o que acontece é uma proliferação de vários tipos e sabores de aparatos tecnológicos. E cada qual procura alcançar os tais resultados, mas na esfera exclusiva de seus respectivos nichos.

É o que se convencionou chamar de estratégia de escolha Best Of Breed. Ou seja, cada organização à busca de sua solução, digamos “de alfaiataria” e sempre relacionada às dores que vão surgindo e precisam ser resolvidas caso a caso. Assim, a Torre de Babel estará instalada a partir do momento que o aplicativo em questão tenha que falar com o legado ou integrar com aplicativos fornecidos por terceiros.

O potencial destas ferramentas, freqüentemente, não cumpre esta função, como atestam analistas de Tecnologia da Informação em afirmações como as que seguem:
“Os benefícios dos pacotes de Supply Chain Management são limitados pela pobre integração” (Forrester Institute, Junho/00); ou “É imperativo a integração com o back-office em temporeal” (Gartner Group, 2001)

O recente “boom” das aplicações de e-commerce está expondo de maneira clara estas deficiências pela ótica da satisfação dos clientes. Satisfação esta que está diretamente relacionada com a boa integração entre a web, o front office (CRM) e o back office (ERP).

O fato é que abundam no mercado (mesmo o brasileiro) histórias de horror sobre empresas que têm que contratar legiões de trabalhadores temporários para integrar dados de pedidos feitos pela web com o sistema transacional tradicional.
Qual o resultado deste paradoxo?

Relações com clientes deterioradas, em função de pedidos recebidos via web cujos produtos estão fora de provisão ou descontinuados. Ou ainda, os conhecidos casos de clientes recebendo múltiplas entregas de um mesmo pedido.

Este tipo de ocorrência é um dos típicos de front office pobremente integrado com processos de back office e que conduzem a custos excessivos e à erosão da lealdade dos clientes. É freqüente que os integradores de sistemas escrevam códigos customizados para unir sistemas legados (homegrown apps) com pacotes.

As empresas gastam, normalmente, de 30% a 40% de seus orçamentos de tecnologia com ações de integração. Não é surpresa que seja multi-bilionário o mercado para produtos e serviços de integração. O IDC (International Data Corporation) estima em torno de US$ 82,5 bi os gastos da indústria com tarefas de integração. Empresas visionárias estão antecipando estas tendências e criando valor para os clientes, ao livrá-los do fardo de uma manutenção difícil da infra-estrutura e com integração out of the box, sem comprometimento das funcionalidades.

O desafio destas empresas é prover soluções poderosas de conectividade que permitam a integração de seus aplicativos com as soluções corporativas.

Neste escopo, as soluções devem contemplar uma estrutura que melhor reflita as necessidades dos negócios de hoje. Esta arquitetura consiste de componentes de aplicação tecnicamente independentes, que possam ser distribuídos de forma flexível e continuem trabalhando próximo à infra-estrutura de Integração. Eles devem também permtir, simultaneamente, a re-configuração dos componentes do sistema, além de serem adaptáveis às mudanças empresariais. Este modelo é o que possibilita a implementação em fases, propiciando upgrade dos componentes e uma fuga do que estamos acostumados a enfrentar: integrações ponto-a-ponto com regras de negócios inseridas no código-fonte (hard-code).

Quais os benefícios desta nova abordagem aos processos de integração? A primeira vantagem a ressaltar está na tecnologia aberta.

O XML padrão, criado e disseminado pelo World Wide Web Consortium (W3C) e adotado por muitos provedores independentes de software, é utilizado como base para a interoperabilidade através da internet e pelas plataformas de e-commerce.

Do ponto de vista do usuário, isso significa a possibilidade de geração de consultas e auto-serviço customizadas para sua realidade e acessíveis pela internet ou intranet. Esse nível de abertura da aplicação é inédito na indústria.

Em segundo lugar, destaca-se a flexibilidade. Mesmo permitindo às aplicações integração ponto-a-ponto, esta tecnologia permite também integrações com múltiplas fontes de dados. Isso se verifica uma vez que muitas aplicações dependem da chegada de uma mensagem para disparar múltiplos eventos em outros sistemas. Freqüentemente estas aplicações-destino estão dispersas geograficamente e utilizam múltiplos protocolos de comunicação. Estas novas tecnologias devem endereçar estas questões possibilitando multi casting e notificação de eventos.

A portabilidade é outro beneficio importante. Uma característica fundamental destas ferramentas é a possibilidade de trabalhar com ampla variedade de protocolos de transportes e produtos; bem como a disponibilidade de conectores para ODBC, MSMQ, IBM MQSeries, SMTP e TCP/IP sob plataformas Windows, Unix e AS400.

Finalmente, a escalabilidade do modelo também deve ser louvada. Agindo como um hub virtual, ferramentas de integração (EAI) permitem que múltiplas aplicações possam ser conectadas e não mais dependam de integrações ponto a ponto. Isso facilita a tarefa de ampliar a solução com novos componentes ou substituir componentes existentes. Outro aspecto da escalabilidade é a capacidade de implementar múltiplos servidores em paralelo. Isso evita que grandes empresas criem um gargalho em sua infra-estrutura de IT. Resumindo, o mundo perfeito em que as aplicações se integrem sem remendos parece próximo.

Edmar Lago é gerente de eBusiness da Baan Brasil. ([email protected])

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