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O futuro das transações financeiras

Autor: Marcos Monteiro
A tecnologia vem ganhando espaço significativo com o advento da cibercultura e as ações transformadoras proporcionadas pela sua crescente popularização, que atingem diversas camadas da sociedade. Com isso, os meios de pagamento tornaram-se assunto de destaque e ferramentas indispensáveis para a realização de transações financeiras. Empresas e instituições financeiras utilizam os meios de pagamento como facilitadores no momento de efetuar uma transação. Em meio aos avanços notórios que atingem a população em âmbito global, os meios de pagamento se tornaram fontes de grandes negócios e destacam-se pela maneira inovadora como são utilizados.  
A tecnologia vem agregando muito valor no desenvolvimento de novas modalidades, especialmente quando se fala em meios de pagamento. A evolução de ferramentas antifraude, a aceitação e uso de novas tecnologias pelos brasileiros e a rentabilidade da operação de cartões são temas que interessam não somente executivos de bancos, financeiras, varejo, seguradoras, cartões, call centers e empresas de telecomunicações, mas também o consumidor. A substituição natural para formas de pagamento mais ágeis, rápidas e menos burocráticas, será a tendência para os próximos anos. 
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Abecs, foram movimentados nos três primeiros meses do ano R$ 189,43 bilhões em transações com cartões de crédito e débito. O que demonstra o crescente interesse dos consumidores por esses meios de pagamento. As compras com cartões de crédito e débito cresceram 16,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com 2012, segundo dados da Abecs. O setor de cartões deve crescer em torno de 15 a 20% no ano de 2013. 
Os pagamentos eletrônicos de modo geral, podem ser feitos seja pelo celular, Internet ou por cartões de débito e crédito. O governo regulamentou, recentemente, o pagamento por meio de dispositivos móveis. O procedimento é permitido por meio de um método relativamente novo, disponível graças à tecnologia Near Field Communication, NFC, que permite que dispositivos troquem dados quando estão próximos. A ideia central é que os telefones possam substituir de forma eficaz o cartão de crédito. O processo de implantação do sistema seria atribuído ao Banco Central do Brasil, ao Conselho Monetário Nacional, ao Ministério das Comunicações e à Agência Nacional de Telecomunicações. Sem sombra de dúvida, os meios de pagamento eletrônicos são mais do que uma aposta das instituições financeiras, pois representam redução de custos e, dependendo do produto, um incremento considerável de sua receita. 
Na contramão do uso de meios digitais e cartões para transações e pagamentos, o dinheiro (papel-moeda) ainda é o meio mais utilizado em transações de baixo valor em todo o mundo. De acordo com pesquisa publicada pelo Banco Central, intitulada “O Brasileiro e a sua Relação com o Dinheiro”, realizada periodicamente com entrevistados de perfis socioeconômicos distintos, ainda há um alto índice de preferência pelo uso do dinheiro como meio de pagamento, 72% dos entrevistados usam o dinheiro com maior frequência. 
Por motivos culturais, acredito que o dinheiro (papel-moeda) poderá perder a preferência e até a penetração, mas não acho que será eliminado. As ATMs (Automatic Teller Machine) exercem um papel fundamental de convergência das transações eletrônicas com cartão e funcionalidades, necessitando sempre estarem aptas a novos produtos e tecnologias.
Ainda assim, não se pode descartar que a tecnologia vem avançando gradativamente e que os meios de pagamento digitais ou via cartão de crédito e débito tendem a ser cada vez mais utilizados. Existem várias movimentações no mercado para introdução de novos meios de pagamento, como por exemplo, moedas virtuais ou e-cash, que recentemente foram adaptados para permitir a operação de contas correntes populares a partir de telefones celulares, em projetos de inclusão bancária.
Estar atento a essas transformações, que acompanham as mudanças no perfil do consumidor brasileiro, é fundamental para a sobrevivência das empresas no Brasil. 
Marcos Monteiro é diretor geral da Orbitall.

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