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O novo perfil dos profissionais de TI



Autor: Robson Rocha

 

Muito já se falou sobre a chamada carreira em Y. Criada como uma alternativa para retenção de especialistas, o termo define exatamente a opção para que um profissional, geralmente de empresas de Telecom ou Tecnologia da Informação, seja valorizado pelo seu potencial técnico. O raciocínio é evitar a obrigatoriedade de “todo técnico tem que se tornar um gerente para o seu crescimento profissional”. Com isso acontece uma valorização do talento do especialista, evitando a comum promoção de um excelente técnico em um gerente mediano.

 

Em TI a grande questão que se apresenta agora é Qual o tipo de profissional mais procurado pelo mercado? Alguém que entenda de processos, como funcionam os negócios da empresa, ou aquele que consiga tecnicamente transformar esses processos em modelos computacionais. Sabemos que as empresas precisarão de ambos. Mas, é importante lembrar que, existem oportunidades bastante interessantes para aqueles que transitam bem por esses dois mundos. Um generalista, que consiga fazer a ponte entre o técnico e negócio.

 

Em tempos de arquiteturas orientadas a serviços não basta apenas conhecer as regras de negócio a serem atendidas. Dominar Java, .Net, ABAP ou qualquer outra linguagem, também não resolverá todo o problema, pois continuará sendo um profissional generalista que fará a comunicação entre o mundo desejado dos negócios e o submundo factível da tecnologia.

 

Nos últimos anos pudemos perceber diversos apagões: elétrico, aéreo e até futebolístico, quando o quarteto dito mágico, fez a mágica de desaparecer em campo em plena Copa da França. O que realmente nos preocupa agora – e já está acontecendo – é um apagão de recursos humanos. De um lado um batalhão de jovens em busca de emprego, do outro, imensas oportunidades não preenchidas nas empresas.

 

Para resolver essa equação é preciso um esforço entre sociedade e governo, empresas e centros de ensino, tudo para transformar o lado profissional de nossos jovens. Capacidade de raciocínio crítico, boa comunicação, espírito de liderança, interesse em relações interpessoais, aprendizagem contínua, vontade de inovar e transformar, são atributos que formam um bom generalista. Conhecer um pouco de tudo e misturar todos esses elementos criam um profissional interessante para qualquer empresa.

 

Em breve, essa força de trabalho será absorvida por empresas focadas em soluções, com profissionais multidisciplinares, que consigam entender, traduzir e atender as necessidades de seus clientes. Cada um com sua especialidade de origem, mas com a capacidade de trabalhar em equipe, focados na resolução de problemas e com o objetivo de gerar novos negócios.

 

Essa já é a imagem que o profissional brasileiro para outros países. Competitivos naquilo que temos de melhor, o jogo de cintura de nossa gente, acostumada a driblar as barreiras da vida com idéias criativas e inovadoras, e sempre com bom humor. Não será essa a nossa verdadeira vocação?

 

Robson Rocha, gerente de Novas Tecnologias da SYSone Consulting.

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