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O renascimento das fintechs

Autor: Mateus Azevedo
A segunda tendência tecnológica que a Fortune listou para 2018 é a “the fintech renaissance” ou o renascimento das fintechs. Mais uma vez a tecnologia vem abalar os alicerces já conhecidos para dar lugar a novas formas de comunicação, negociação ou de vivermos nosso dia a dia. Felizmente. Afinal, quem quer continuar enfrentando fila de banco para pagar contas e assimilando altas taxas para ter um banco ou emprestar dinheiro?
Nubank, Neon, Inter, Original são alguns dos bancos digitais que já estão aí conquistando diversos clientes, principalmente da geração millennial, com uma oferta de contas sem burocracia e praticamente todas as operações no mundo virtual. Se até pouco tempo tínhamos um mercado fechado, com apenas três grandes bancos privados atuando, muitas regulamentações e elevados custos de operação – o que faz com que as instituições cobrem caro para guardar nosso dinheiro e nos conceder empréstimos – a tecnologia permite que os bancos digitais ofereçam taxas mais competitivas já que não têm os mesmos custos que os bancos físicos e por serem novos entrantes querem atrair mais clientes.
Os novos bancos também estão, obviamente, mais preparados e abertos a trabalhar com as moedas digitais e devem ajudar a impulsionar esse movimento, bem como a virtualização do dinheiro, ainda muito incipiente no Brasil.
Enquanto na China, a virtualização dos pagamentos foi impulsionada pela Alibaba, dona do serviço de pagamentos Alipay, e a empresa de tecnologia Tencent, dona do aplicativo WeChat, levando hoje o país a ter 60% de suas compras pagas sem cédulas, aqui os cartões de débito e crédito ainda não ultrapassaram o dinheiro vivo e a projeção é que isso aconteça somente em 2020, segundo estudos de mercado. Para se ter uma ideia da virtualização na China, em 2016, o volume de pagamentos feitos com smartphones alcançou a marca dos 5,5 trilhões de dólares. Mas um dia chegaremos lá também.
Não só aqui, mas praticamente no mundo todo, as agências físicas darão lugar às digitais. Se ainda há um certo receio das pessoas com os bancos digitais – com medo de hackers, por exemplo, ao compreenderem a tecnologia, esse medo cai e a expansão do novo modelo será rápida e exponencial. O blockchain veio para contribuir para uma disrupção na atual cadeia de pagamentos e para atender às nossas demandas, ao nosso novo modo de viver. Como traz a Fortune, também já começa a se vislumbrar como resolver a questão da alta demanda de energia para realizar a mineração de criptografia atual: computação quântica.
Pois, como sempre afirmo, a tecnologia caminha para frente, a passos largos e sem botão de pausa e, muito em breve, sem botão nenhum. Afinal, reconhecimento facial, de voz, impressão digital substituirão os devices e você nem vai se lembrar que um dia os botões existiram, que dirá dinheiro em papel.
Mateus Azevedo é sócio da BlueLab e responsável pela diretoria de marketing e vendas.

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