Os desafios para reter talentos



Implementar programas eficientes para a gestão de carreiras é uma necessidade que afeta companhias de todos os segmentos de mercado. Um estudo, realizado pela revista the Economist Intelligence e patrocinado pela SAP, identificou quais os principais desafios enfrentados por empresas de todo o mundo para manter e motivar talentos em um cenário de intensa competitividade global. A análise “People for Growth” reúne depoimentos de 944 executivos de setores distintos, 357 deles representantes de companhias de mercados emergentes.

 

Como resultado, a análise aponta que o maior desafio das empresas brasileiras é a falta de profissionais qualificados. O levantamento demonstra que 57% das companhias nacionais têm dificuldades para preencher o quadro de funcionários. Tal índice reflete um conflito identificado como comum às empresas de todas as regiões. Segundo o estudo, ainda há uma grande diferença entre a formação dos profissionais e a expectativa das corporações. “A pesquisa aponta uma lacuna muito visível no mercado brasileiro e que é comum também em um contexto internacional” comenta Paula Jacomo, diretora de Recursos Humanos da SAP Brasil. “Embora o número de vagas disponíveis seja alto, há uma grande dificuldade para encontrar profissionais capacitados a preenchê-las”, complementa.

 

O estudo aponta, ainda, que 47% das companhias nacionais têm dificuldades em atender às expectativas salariais dos profissionais mais qualificados, enquanto 41% delas enfrentam problemas para corresponder às expectativas dos colaboradores com o pacote de benefícios que concedem. Já com relação à política de gestão, 30% das empresas participantes admitem não oferecer muitas oportunidades para o desenvolvimento de planos de carreira aos funcionários que empregam. “Os índices apontados pelo estudo demonstram que é necessário às empresas uma reorganização de processos, além da adoção de novos métodos para a criação de políticas de gestão de carreiras que sejam mais eficientes e atrativas aos colaboradores”, afirma Paula.

 

Segundo os resultados do estudo, 32% dos executivos brasileiros mantêm uma relação desequilibrada entre trabalho e vida pessoal, cumprindo longas jornadas de trabalho que somam mais de 12 horas de atividades diárias. Como saídas para enfrentar às exigências do atual cenário, as empresas apostam em alternativas como investir em treinamentos e em um modelo de orientação de carreiras. Estreitar a proximidade com instituições de ensino e a adoção de práticas mais flexíveis, também colaboram para garantir a competitividade “As corporações que estão repensando seu modelo de negócios, adotando práticas mais flexíveis, saem na frente na disputa pelos profissionais mais qualificados”, ela finaliza.

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