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Os governos e o crescimento do e-commerce

Com o objetivo de discutir o comércio eletrônico nacional e dos principais países emergentes, ocorreu a primeira edição do E-merging markets, nos dias 29 e 30 deste mês. Entre palestras e debates, o evento contou também com uma mesa redonda, composta por presidentes das câmaras de comércio eletrônico de diversos países, em que discutiram a atual situação das vendas on-line e novas atitudes a serem tomadas para ascender o setor.
Diante dos altos índices de usuários ativos de internet, 43,6 milhões apenas no Brasil, o vice-presidente da câmara argentina, Juan Martin de la Cerna,  acredita que é preciso haver estímulo para que os usuários de internet se ativem também como compradores nesse meio. “A participação dos governos é fundamental para o desenvolvimento”, ressalta. De acordo com ele, 60% dos usuários de internet de seu país têm penetração no e-commerce, mas há uma baixa oferta de sítios para estes usuários. “Acredito que existam ações do regime político que podem nos ajudar nisso, mas é difícil convencê-lo de que esses projetos são vantajosos para o desenvolvimento do país”, explica. 
Na Espanha, o governo já se posicionou quanto ao assunto, e junto de setores da publicidade, criou um selo de confiança on-line. “O selo é um plus de garantia e qualidade ao usuário”, indica Marti Manent, vice-presidente da Câmara Espanhola de Comércio Eletrônico. De acordo com Manet, assim que o selo foi lançado, o e-commerce espanhol apresentou resultados positivos. A entrada do setor feminino também colaborou para esse aumento de vendas, pois levou à internet novos tipos de produtos, como sapatos. “Até quatro ou cinco anos estávamos com a metade de consumidores, comparado aos dados atuais”, afirma. 
Para David Best, integrante do IMRG, Interactive Media in Retail Group, da Inglaterra, o auxílio pode ser concentrado em dois fatores: infra-estrutura tecnológica e regulação. “Ainda há muito que ser feito, os impostos são bem diferentes”, indica. Juan Martin concorda com a afirmação, e completa: “As leis são inadequadas para um ponto de venda muito novo. Tem que existir algo específico para regulamentar e-commerce”.
Já o presidente da câmara brasileira, Alberto Pardo, destaca que, no Brasil o papel do governo seria atuar na logística. “O e-commerce traz desafios infra-estruturais que vão mexer com a questão energética e de transporte”, explica. De acordo com ele, o Brasil ainda está engatinhando e tem que apreender com as outras nações para deslanchar no setor. “Nós precisamos comparar laranjas e maçãs. A câmara está de portas abertas para construir em conjunto este processo”, revela. O moderador, Marcos Oueryrredin, completa afirmando que o importante é que compartilhemos experiências. “Fazendo essa colaboração, vemos que os problemas que temos em um país são os problemas do outro, afinal o consumidor é o mesmo”, complementa. 
De acordo com Leonardi Ottatu, diretor da Câmara de Comércio de Guayaquil, a colaboração é imprescindível. Ele revela que, embora o Equador seja um local potencial para o desenvolvimento de  e-commerce devido ao grande número de remessas, o país ainda não teve chances de ingresso. “Enquanto vocês falam de como vender mais no on-line, nós pensamos em como entrar no on-line. As grandes empresas já sabem que sem o mercado virtual perdem chances do mercado exterior. Percebemos a necessidade de estarmos associados às câmaras de comércio virtual e apreender com isso”, explica.

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