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Parceria público-privada qualifica detentas

O Brasil vem passando por uma crise também no sistema penitenciário, em que fatores como a superlotação carcerária, a falta de pessoal capacitado, a inaplicação dos dispositivos da Lei de Execução Penal, vêm tornando ineficazes as medidas penais quanto aos objetivos de ressocialização e prevenção criminal. Nesse cenário, a proposta de co-gestão, modelo administrativo firmado entre o Estado e a empresa privada, surge como forma de redução dos encargos e gastos públicos, bem como busca solucionar alguns desses problemas, ao mesmo tempo em que trabalha a reabilitação do detento.
Um exemplo é a Health Life Nutrição e Serviços, que implantou o sistema de co-gestão de alimentação na maior penitenciária feminina da América Latina, a Penitenciária Feminina de Santana, em São Paulo, Capital. As 68 detentas que trabalham por lá produzem diariamente 840 kg de feijão, 2.200 kg de arroz, 1.120 kg de mistura, 480 kg de salada e 1.680 litros de suco, para consumo próprio e para a Unidade do bairro do Belém. A verdadeira linha de montagem da cozinha industrial da penitenciária preenche 128 caixas com 36 marmitas em cada uma delas, produzindo o número de 4.608 refeições para cada período de alimentação. 
Mas o ponto mais importante de todo esse quadro é que as detentas são qualificadas para uma nova profissão (na cozinha), passando por um treinamento de noções gerais de doenças transmissíveis por alimentos mal acondicionados e aprendem como proceder para melhorar as condições de higiene e limpeza da cozinha. Recebem ainda um salário mínimo mensal (atualmente R$ 937,00), sem vínculo empregatício e, a cada três dias trabalhados, têm a pena reduzida em um dia. Segundo o presidente da Health Life Nutrição e Serviços, Sérgio Tadeu Hergert, “o ensino de um ofício auxilia demais as detentas em sua perspectiva de retorno à sociedade. E isso é um orgulho para a nossa empresa e para os 300 internos que trabalham conosco nos presídios”.

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