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Pequenas indústrias com forte recuperação


Em fevereiro de 2006, o faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas ficou estável na comparação com o mesmo mês do ano anterior, registrando variação de +0,2%. Estima-se que os 1,3 milhão de pequenos negócios formais do Estado apuraram a receita total de R$ 18 bilhões, conseqüência do faturamento médio mensal de R$ 13.546 por empresa.

Estes são alguns dados dos Indicadores Sebrae-SP – Pesquisa de Conjuntura, realizada mensalmente, com a colaboração da Fundação Seade. A pesquisa mede os índices de faturamento real, pessoal ocupado e gastos com salários por meio de uma amostra de 2,7 mil micro e pequenas empresas, que é representativa do universo das MPEs da indústria da transformação, comércio e serviços da capital, região metropolitana de São Paulo, ABC e interior.

As micro e pequenas indústrias paulistas registraram, pelo segundo mês consecutivo, alta de faturamento, após amargar oito meses consecutivos de queda. Em fevereiro de 2005, a recuperação foi de 7,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No mês anterior (jan/2006) as MPEs da indústria já haviam apresentado expansão de 5,3% no mesmo tipo de comparação. O segmento que vem liderando a retomada para as pequenas indústrias é o de bens intermediários (empresas fabricantes de peças e componentes). Essas atividades acabam sendo beneficiadas pelo melhor desempenho de empresas maiores, como as dos segmentos de veículos, máquinas e equipamentos e material eletrônico, que demandam peças e componentes de empresas de menor porte.

O setor de serviços acompanhou o ritmo de crescimento da indústria e apresentou alta real do faturamento de 4,8% comparando fevereiro de 2006 com fevereiro de 2005. Os principais destaques foram para as empresas que prestam serviços a outras empresas como contadores, vigilância e limpeza. Já o comércio sentiu na caixa registradora o fato de fevereiro ter um número menor de dias úteis (3) em relação a janeiro de 2006, com queda de 6%. Na comparação de 12 meses, a queda foi de 4,8%, tendo contribuído para isso o fato de que fevereiro/06 teve um dia útil a menos que fevereiro/05.

Segundo o superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, os primeiros meses do ano mostram uma tendência de recuperação modesta para as MPEs em 2006. “Apesar dessa melhora, ainda estamos longe do patamar de 2002, uma vez que na comparação de fevereiro de 2002 com fevereiro de 2006, as MPEs mostram queda de 11,7% no faturamento real”, explica José Luiz. Para o superintendente do Sebrae-SP, a continuidade do processo de retomada das MPEs irá depender da manutenção do controle da inflação, o que favorece a recuperação do poder aquisitivo da população e do ritmo de queda dos juros básicos na economia brasileira.

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