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Preços no varejo caem 0,63% em junho



O Índice de Preços no Varejo (IPV) registrou em junho a maior queda percentual registrada desde o início da série, iniciada em janeiro de 2002, com retração de 0,63% ante a queda de 0,39% em maio. Com isso, acumula no primeiro semestre do ano queda de 1% em comparação ao mesmo período de 2005. A terceira deflação consecutiva do indicador foi provocada, principalmente, pelo grupo Feiras, cujos preços recuaram 5,29%. As condições climáticas favoráveis possibilitaram uma boa safra agrícola, que resultou em preços mais comedidos, uma vez que este segmento é formado principalmente por produtos in natura.

O comportamento dos preços dos produtos in natura repercutiu também no segmento de Supermercados, que em junho registrou queda de 1,39%. Este resultado foi impactado pelas variações negativas nos legumes (9,67%), tubérculos (6,61%), carnes suínas (4,55%), cereais (3,51%) e frutas (3,39%).

O grupo Eletroeletrônicos, que não registra variações positivas desde janeiro deste ano, acusou retração de 1,65% em junho, contra queda de 1,46% em maio. A valorização do real frente ao dólar permite que esta redução de preços continue, visto que grande parte dos insumos utilizados na cadeia produtiva são cotados na moeda americana. No semestre, o setor acumula deflação de 8,81%, uma das maiores quedas dentre todos os grupos do IPV.

Outros grupos – A antecipação da colheita da cana-de-açúcar e a redução da quantidade do álcool anidro na composição da gasolina promoveram o aumento da oferta do produto e contribuíram para a terceira queda no ano dos preços do grupo Combustíveis e Lubrificantes, com -1,47% em junho. Mesmo assim, o segmento acumula 2% de elevação, no ano. Isoladamente, a redução foi de 1,53% nos Combustíveis, e elevação de 0,31% nos Lubrificantes e Óleos. No período, também apresentaram variações negativas os seguintes grupos: Brinquedos (1,21%), Autopeças e Acessórios (0,72%), Drogarias e Perfumarias (0,26%), Açougues (0,09%) e Óticas (0,02%).

Apesar do cenário cambial tornar os produtos brasileiros menos competitivos no mercado internacional, a quantidade de veículos produzidos e exportados nestes primeiros seis meses do ano bateu recorde na comparação com 2005. O aquecimento nas vendas pressionou os preços no grupo Veículos, que fechou junho com elevação de 0,21%.

A chegada do inverno no mês de junho e a queda nas temperaturas favoreceram as vendas do setor de Vestuário, Tecidos e Calçados e contribuíram para que os preços em junho apontassem alta de 0,37% ante maio. Outros grupos que acusaram elevação no período foram: Floriculturas (2,09%), Relojoarias (2,07%), Padarias (0,78%), Livraria (0,50%) e Material de Escritório e outros (0,48%), Material de Construção (0,47%), Jornais e Revistas (0,30%), CDs (0,15%) e Móveis e Decorações (0,10%).

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