Pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em janeiro, mostra as projeções de 50 instituições financeiras sobre 45 variáveis econômicas. O estudo mostra que a projeção de crescimento econômico tanto para 2007 quanto para 2008, medidas pelo IPCA, continuam abaixo do centro da meta definido pelo CMN e foram revistas ligeiramente para baixo, entre as pesquisas de janeiro e fevereiro. A projeção média para o IPCA em 2007 ficou em 3,97% em fevereiro ante 4,00% em janeiro, enquanto a projeção média para o IPCA em 2008 passou de 4,13% para 4,09%.
Estes números de inflação corroboram o ligeiro ajuste na taxa Selic prevista para dezembro de 2007, que foi de 11,68% para 11,57%, e na projeção para dezembro de 2008, que passou de 11,01% para 10,83%.
Quanto à projeção de crescimento econômico para 2007, esta voltou ao patamar previsto em dezembro do ano passado, quando a expectativa média do PIB era de 3,47% ante 3,43% em janeiro. Para 2008, a estimativa é de um crescimento econômico um pouco maior, 3,58%.
Em suma, como mostram as projeções para 2007 e 2008, as perspectivam mantêm-se favoráveis e devem colaborar para que o volume de crédito continue a se expandir numa taxa elevada, em torno de 20%, e próxima àquela registrada em 2006.
“A decisão do Copom de reduzir o ritmo de queda da taxa básica de juros em 2007 não causou surpresa no mercado financeiro, tampouco afetou a perspectiva para a economia brasileira, que se manteve positiva. A primeira reunião do Copom de 2007, realizada nos dias 23 e 24 de janeiro, foi marcada pela alteração no ritmo de redução da taxa Selic, que sofreu corte de 0,25 de ponto percentual após cinco reduções de 0,5 ponto percentual”, explica Ana Higa, economista sênior da Febraban. “Esta mudança na intensidade da queda da Selic não alterou a perspectiva que já existia no mercado financeiro de que o espaço para cortes de taxa de juros neste ano seria menor do que no ano passado e que esta trajetória dependeria, sobretudo, do comportamento da inflação prospectiva”, completa.