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Pronto para a melhor idade?

Principalmente nas grandes cidades do mundo, a pirâmide etária, com o passar dos anos, vem assumindo uma composição diferente. Cada vez mais, ela se desenvolve para uma forma invertida, em que o número de idosos tende a ser maior do que de recém-nascidos. O próprio tempo de vida também está mais prolongado. Tanto que, segundo dados do IBGE, ela já representa 13% da população e a estimativa é que triplique nas próximas duas décadas. No entanto, parece que muitos lugares ainda não estão preparados para receber todo esse público, que, embora ainda ativo, possui restrições de locomoção, visual, auditiva, entre outros. Sem contar o próprio preconceito.
Conhecendo esse quadro, a Kimberly-Clark Brasil passou a realizar treinamentos nos pontos de vendas para que os profissionais percebam como é fazer parte desse grupo e as possíveis dificuldades que eles podem encontrar nos estabelecimentos. “Recebemos um convite da Kimberly-Clark dos EUA para participar desse treinamento, em 2010, e decidimos aplicá-lo no Brasil. Trata-se de uma prática super inovadora, que sensibiliza a indústria e o varejo a produzir melhorias adequadas no atendimento ao público sênior, população em crescimento constante”, explica Maria Cristina Perri, do gerenciamento e desenvolvimento de categorias.
Ela conta que o método foi desenvolvido pelo Lee Memorial Hospital & the Florida Department of Health e é utilizado globalmente pela KC. O curso é dividido entre as etapas teórica e prática. Na primeira, são apresentadas tendência, o potencial do mercado, relatos de consumidores, simulação de problemas de visão, com uso de óculos especiais e uma reflexão sobre o que foi disseminado. Na segunda parte, que ocorre no ponto de venda, os participantes recebem uma lista de compras e acessórios que os ajudarão a se sentir com mais de 60 anos. “Eles usam luvas que tiram um pouco da sensibilidade dos dedos, faixas colocadas nos braços ou nas pernas que limitam o movimento do corpo, óculos que simulam glaucoma, pesos nos pés para dificultar a locomoção, entre outros”, detalha Maria.
Com tal simulação, as empresas são capazes de sentir e entender como é fazer parte do público sênior e, então, procurar por melhorias para que ele seja melhor atendido no ponto de venda, melhorando, inclusive, a experiência de compra do consumidor. Já pelo lado do público final, esse se sente acolhido, fideliza-se pela oportunidade de poder ter uma compra facilitada e satisfaz-se também com o ambiente em que está consumindo. “O objetivo é que o varejo se torne referência de compra nessa categoria”, assume a executiva.
Estimular os pontos de venda a levarem em consideração o público sênior e fazer com que eles tenha um momento prazeroso na hora da compra são os objetivos do treinamento. Por exemplo, Maria conta que em alguns países supermercados já adotaram mudanças simples, como disponibilizar lupas nas gôndolas para que possa auxiliar o idoso a ler preços e identificar o produto que procura. Além disso, ela detalha que participantes do curso já puderam sentir alguns ganhos, que vão desde um número de pedidos três vezes maior até a conquista de valores mais humanos.

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